Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1205

Ele parou por um instante, apressando-se para alcançar o homem à sua frente: "Sr. Sertório, Hera também veio."

Sertório Dantas, naquele dia, também vestia-se todo de preto. Seu porte era esbelto e equilibrado, e o preto lhe caía bem, destacando ainda mais sua distinção.

Ao ouvir as palavras de Jorge, ele virou-se e viu, de fato, uma moça posicionada na fila entre a multidão.

Seus olhos se estreitaram levemente. Naquela circunstância, não era conveniente se aproximar para cumprimentar, então ele procurou um canto para esperar que Hera terminasse seu momento de luto.

A fila avançava rapidamente.

Não demorou muito para que chegasse a vez de Hera.

Ela se colocou diante da fotografia, observando o olhar sábio e determinado do idoso que a encarava de volta. Lembrando-se do pequeno caderno que ele lhe entregara antes de partir, junto com a longa lista de nomes nele escritos, sentiu um aperto no coração. Primeiro, ela curvou-se solenemente três vezes, depois, em silêncio, ofereceu um buquê de crisântemos brancos.

Os crisântemos brancos, frescos como se acabassem de ser colhidos, ainda possuíam gotas de orvalho, destacando-se entre os demais.

Após colocar os crisântemos, Hera endireitou-se e, sem mais demora, cedeu o lugar para que outros pudessem prestar suas homenagens.

Jorge, boquiaberto com a cena da jovem se curvando e oferecendo flores, não pôde deixar de murmurar: “Cara, é a primeira vez que vejo um chefão se curvar assim.”

Sertório escureceu o olhar, limitando-se a dizer: "avô Zagallo merece."

Jorge lançou-lhe um olhar, percebendo sua expressão compreensiva.

Observando Hera, que hoje não usava seu habitual boné, pareceu entender algo e não acrescentou mais nada.

avô Zagallo, com uma vida dedicada à luta, certamente merecia.

O que o surpreendia era Hera, tão jovem, compreender isso. Os jovens de hoje raramente prestam atenção a essas coisas. Hera, que sempre parecia desafiar a todos, não era quem ele esperava ver prestando uma homenagem tão sincera e séria diante do altar de avô Zagallo, mais do que qualquer um.

Enquanto ele refletia sobre isso, um alvoroço repentinamente começou lá fora.

Jorge franziu a testa, irritado, mãos nos bolsos: "O que está acontecendo lá fora, por que essa confusão de repente? Não me diga que é Quiana e seu grupo aprontando de novo?"

“Parece ser o Oficial Hélder.”

“O mesmo que é dito ser o patrão por trás do Grupo Céu Zeus?”

“Esse cara não está sempre na área proibida, tão misterioso quanto Sun da Aliança Sangue Vermelho? Não esperava que fosse tão jovem.”

Jorge, sendo parte do Instituto de Pesquisa nº 9, sabia mais sobre a área proibida do que a maioria.

Ao ouvir sobre o Céu Zeus e o Oficial Hélder, ele imediatamente ficou em alerta, falando cuidadosamente ao homem ao seu lado: “O que o Oficial Hélder está fazendo aqui? Ele tinha alguma relação com avô Zagallo?”

“Não sei,” respondeu Sertório, com os olhos estreitos, um perigo latente em seu olhar.

Oficial Hélder era extremamente astuto, dominando a área proibida a ponto de ser chamado de rei daquela região sem exagero.

O Grupo Céu Zeus, uma grande organização com alcance internacional, operava tanto em negócios legítimos quanto ilícitos, com uma presença mais forte nos negócios legais.