Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1207

Jorge, acostumado a ser servido, de repente teve que se virar sozinho para beber água, reclamando incessantemente: "Pô, Seu Sertório, você diz que também não é duro, podia muito bem contratar uma empregada, né? Se não quer uma empregada, uma diarista já ajudava. Toda vez que o Alan não está, vir aqui é como entrar num deserto, sem uma gota d'água, é de irritar qualquer um."

"Estou sem grana," disse o homem, esparramando-se com uma desfaçatez impressionante, abrindo os braços numa expressão de rendição.

Jorge: "??? Como assim???"

"Contratar uma empregada não deve ser tão caro assim, poxa."

Sertório lançou-lhe um olhar enviesado, tranquilo como sempre: "Ainda estou sem grana. Sabe como é, manter a namorada exige economias."

Jorge quase jogou a chaleira longe.

Puta que pariu!

Ele só queria um copo d'água sem ter que se mexer e ainda tinha que escutar essa.

Mas não queria provocar o homem, virou-se, olhando ressentido para uma garota que bebia água ao lado: "Hera, olha só pra ele, é um absurdo."

Hera arqueou uma sobrancelha, fechando a garrafa com desinteresse, lançando-lhe um olhar gelado, tão desdenhoso quanto o de Sertório: "Não me envolve, também estou lisa."

Dias atrás, o Caneta de Deus tinha feito uma retirada da conta dela, deixando-a na pior, quase tendo que virar artista de rua.

Enquanto rosqueava a tampa da garrafa, Hera lembrou-se de algo, ah, quase tinha esquecido, há um mês também tinham debitado uma quantia para um investimento em terras raras.

Bilhões.

Um canto da boca de Jorge tremeu, segurando a chaleira, completamente sem palavras com os dois.

Dois magnatas, cada um mais "pobre" que o outro.

E ele, um pobre coitado, sem ter como rebater!

Esse mundo estava mesmo de cabeça para baixo, puta que pariu, não dava mais para ser pobre!

Que ideia!

Fazer chá com água morna.

Só mesmo Jorge para pensar nisso.

Jorge, sentindo-se validado por Hera, ficou um pouco menos frustrado, continuou saboreando seu chá, que parecia ficar cada vez mais gostoso.

Quando viu Hera se aproximando com uma garrafa de água mineral, até ofereceu: "Hera, quer um pouco?"

"..."

Hera balançou a garrafa de água mineral, recusando educadamente: "Não, obrigada, prefiro água pura."

Ela encontrou um canto no sofá para se acomodar, cansada, apoiando o braço no encosto e cruzando as pernas elegantes de forma relaxada, e de repente comentou: "Esse ano não tem uma competição de software?"