Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1287

Orestes instintivamente franziu a testa querendo recusar, mas ao olhar para a moça ao seu lado, as palavras hesitaram em sua boca.

Nos últimos anos, ele havia se dedicado completamente à pesquisa científica, sem interesse por outras coisas, e até hoje não tinha tirado carteira de motorista.

Estava acostumado a andar de ônibus e metrô, e, se necessário, caminhar até a estação ou pegar uma bicicleta alugada. Antes, achava seu estilo de vida normal, saudável, e estava feliz assim, sem se preocupar com o que os outros pensavam.

Mas, naquele momento, Orestes se odiou por não ter aprendido a dirigir, pois não estaria na situação embaraçosa de precisar que Orfeu os levasse.

Eles haviam discutido com Orfeu recentemente.

Pelo temperamento de Orestes, mesmo que tivesse que voltar caminhando hoje, ele não aceitaria andar no carro de Orfeu.

Contudo, ele precisava pensar em Hera.

Orfeu percebeu a hesitação de seu tio e prontamente ofereceu: “Não é fácil conseguir um táxi aqui, e eu estou livre. Vou levar vocês de volta.”

O rosto bonito de Orfeu mostrava sinceridade.

Mas Brunilda, ao lado dele, não escondia seu desdém e zombaria. Mesmo sem falar, qualquer um podia perceber que ela os desprezava!

Cada expressão dela transbordava desprezo!

Orestes se sentiu como se tivesse engolido uma mosca, preso entre engolir e cuspir, estava desconfortável e prestes a falar.

A moça atrás dele disse preguiçosamente: “Não precisa se incomodar, nós pegamos um táxi sozinhos.”

“Aqui…” Orfeu tentou argumentar.

Por que tio e o avô não entendiam sua preocupação sincera?

Parecia que eles sempre achavam que ele estava sendo hostil a Hera, criando dificuldades de propósito.

Orfeu percebeu que Orestes e Hera não pretendiam aceitar sua carona, então não insistiu. Com a chave do carro na mão, virou o rosto bonito para Brunilda e disse: “Vamos embora.”

Brunilda passou por Orestes sem nem cumprimentá-lo, carregando sua bolsa em direção ao Land Rover estacionado na beira da estrada.

Orfeu, em comparação, parecia muito mais educado. Antes de sair, ainda se despediu de Orestes: “Tio, vou levar Brunilda para casa. Estamos indo.”

Ele fez uma pausa e, olhando para a rua vazia, sem nenhum carro à vista, acrescentou: “Se você e Hera não conseguirem um táxi, me liguem. Eu volto para buscá-los.”