Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1388

No segundo andar.

Ele carregava um copo de leite quente e bateu na porta do quarto da moça.

"A porta não está trancada."

Lá de dentro, uma voz feminina irreverente soou, um tanto rouca e levemente desinteressada.

Sertório, ao ouvir a voz dela, sentiu a tensão entre as sobrancelhas desaparecer e seu humor melhorar. Ele estendeu a mão, abriu a porta e entrou.

O quarto de Hera ficava no segundo andar, o quarto mais bem iluminado da casa.

A casa de Reno era cara, e a disposição dos cômodos fazia jus ao preço.

Os quartos da casa eram praticamente suítes, com closet e banheiro completos.

A decoração em tons de preto, branco e cinza era impecável, mas como era Hera quem morava ali, Sertório substituiu as cortinas das janelas do chão ao teto por leves véus brancos, colocou várias plantas verdes no quarto e projetou uma estante ao lado da mesa de cabeceira para facilitar a leitura dela.

Ao entrar, ele viu a moça com uma perna dobrada sobre a cadeira e a outra descontraidamente embaixo da mesa. Ela vestia roupas de casa, e as pernas longas e proporcionais se destacavam sob a bainha da roupa, com tornozelos delicados e pele tão branca que quase ofuscava.

Hera, no entanto, mantinha sua postura despojada sob controle. Sentada ali, com o notebook aberto, ela digitava algo com a mão esquerda, a única que não estava machucada.

Se não fosse pelo braço direito pendendo ao lado, ainda enfaixado, seu ar despreocupado não daria a impressão de alguém que havia acabado de sofrer um acidente de carro.

Sertório se aproximou e colocou o leite onde a mão esquerda dela pudesse alcançar, lançando um olhar para os dados na tela do notebook: "Você está investigando a Sra. Mendes?"

Hera ainda estava jogada na cadeira, numa postura relaxada, que, mesmo controlando o temperamento, não parecia ser fácil de lidar.

Sertório expressou exatamente o que ela pensava.

Quando Hera encontrou os registros de transferência da Sra. Mendes, soube que havia algo errado.

Não era algo explicitamente errado, mas toda a situação parecia orquestrada, como se uma mão invisível estivesse guiando os acontecimentos.

E, se ela escapasse do acidente e investigasse, encontraria imediatamente a Sra. Mendes sendo usada como bode expiatório.

Sertório, vendo-a com os olhos semicerrados e cílios negros caídos, sem saber no que pensava, comentou suavemente: "Mas, nesta história, a Família Mendes também está envolvida em sujeira. Se ela ousou agir e ser usada como ferramenta, deve estar preparada para as consequências. O destino que ela e a Família Mendes enfrentam agora foi escolhido por ela, não pode culpar ninguém."