Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1444

Galvão, após décadas no serviço público, já tinha desenvolvido um olhar astuto e perspicaz. Não era bobo para não perceber que Hera não queria ir, mas não por falta de tempo.

Ao ver que Hera não queria ir, ele não insistiu. Apenas disse: “Também não estou me sentindo muito bem ultimamente e não estou com muita vontade de ir. Se você não for, eu também não vou.”

Brunilda já havia sido excluída do livro de registros da Família Hollanda.

Ele também percebeu que sua nora não estava realmente interessada em que ele fosse.

Já que o convite era apenas uma formalidade, ele sabia que era melhor não forçar a barra.

Na sua idade, ele não precisava ir a uma festa de família sem ser realmente bem-vindo.

“Ela está entrando para a associação de farmacêuticos e também se tornando afilhada da Família Allende. E você tem seus problemas com ela...”

Galvão mostrou uma expressão preocupada e olhou para Hera, dizendo: “Herinha, é melhor você evitar conflitos com ela por enquanto. Ela tem um coração rancoroso, diferente dos Henriques.”

Hera não se importava com quem Brunilda escolhia como madrinha, nem achava que entrar para a associação de farmacêuticos era grande coisa.

Mas não queria que Galvão, já com certa idade, se preocupasse com problemas familiares triviais. Então, com um olhar compreensivo, ela assentiu e disse: “Eu sei.”

Galvão ficou mais tranquilo e perguntou a Hera: “Seu pai lhe entregou aquele objeto?”

Orestes Hollanda realmente havia dado a Hera algo parecido com um selo.

Ela se lembrou e acenou com a cabeça: “Sim, deu.”

“Ótimo.” Galvão se sentiu um pouco mais aliviado, sorriu e disse: “Quando você tiver um tempo livre, vou apresentar alguns dos mais velhos para você.”

“Ela pode estar na associação de farmacêuticos deles, mas com o avô por perto, ninguém vai te incomodar.”

*

Hera ficou conversando com Galvão no asilo até as oito da noite.

Diante de Hera, ele se comportava de maneira mais contida.

Mas Hera ainda podia perceber a intensidade por trás de sua fachada tranquila, um homem que não era fácil de lidar.

Ela desviou o olhar, lentamente se aproximando dele.

Bem, ela também não era fácil de se lidar.

Ambos eram páreo um para o outro.

Quando ela chegou mais perto, Sertório pegou sua bolsa de ombro e, com um olhar calmo e charmoso, sorriu e perguntou suavemente: “Como está o Sr. Galvão?”

Hera lançou-lhe um olhar de lado, sedutor: “Ele está com o espírito bom, mas a aparência não está das melhores, talvez por não ter descansado bem.”

Sertório abriu a porta do carro para ela, tocado por seu olhar, piscando perigosamente: “Sim, faz tempo que não o visito. Vou acompanhá-la da próxima vez que for ver o Sr. Galvão.”