Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1579

Alan percebeu que Sertório estava quieto e, não conseguindo conter sua curiosidade, perguntou com uma certa ousadia: “Sr. Sertório, quem estava ligando agora há pouco?”

Vendo que Sertório não respondeu, ele insistiu: “Ouvi que parecia ter alguém causando problemas?”

O homem, que até então estava calmamente tomando seu café, finalmente colocou a xícara na mesa, levantou o olhar e, com um ar preguiçoso, disse: “Não se preocupe, apenas um idiota.”

Alan ficou sem palavras.

Meu Deus, algo inédito.

O Sr. Sertório realmente usou uma palavra de baixo calão, então o outro deve ser um... idiota de verdade!

Alan decidiu não fazer mais perguntas; afinal, há muitos idiotas no mundo, e mesmo sendo curioso, não tinha interesse em saber mais sobre eles.

Ele então se voltou para a pessoa no sofá e, em um tom mais baixo, perguntou: “Sr. Sertório, e a Família Allende...”

Isolda e Jacinto Allende tinham estado muito ativos no país, tentando transferir parte das operações do Grupo HF para cá e até comprando terras.

Normalmente, investimentos estrangeiros conseguiam facilmente adquirir terrenos locais.

Mas o Grupo HF não teve a mesma sorte e ainda não havia conseguido a terra desejada.

Recentemente, Isolda procurou a Família Carrara e, através de Dimas, estava prestes a conseguir a aprovação.

Mas então aconteceu o imprevisto.

“A Família Allende ainda está tentando agilizar a aquisição da terra.” Alan fez uma pausa antes de continuar: “Sr. Sertório, o senhor deveria...”

“Eles não vão conseguir aquele terreno.” Sertório, como se soubesse o que Alan iria sugerir, mexia preguiçosamente o café com uma colher: “Teotonio já está cuidando disso, e Isolda logo receberá a notícia.”

Alan pensou em alertá-lo, preocupado que Sertório tivesse esquecido, mas ficou surpreso com a rapidez e precisão da ação de Sertório.

Ele então ficou em silêncio.

Sertório, com um ar de nobreza e desdém, disse num tom suave: “Eu vou buscá-la.”

*

Hera foi ao asilo levar algumas pílulas para o avô Galvão.

Chegando lá, não se apressou em ir embora, levando Galvão para um passeio e conversando com ele.

Após voltarem para o quarto, Hera esperou o médico medir a pressão arterial do avô Galvão e realizar o exame de rotina, antes de pegar suas coisas para sair.

Antes que pudesse partir, uma jovem enfermeira entrou, radiante, e disse ao Sr. Galvão: “Sr. Galvão, o Diretor Hollanda veio visitá-lo.”

Hera, com um olhar frio e distante, não se demorou e despediu-se do avô na cama: “Vovô, eu já vou. Cuide-se bem.”

"Ah, Herinha, você vai embora?" Galvão parecia realmente relutante em deixá-la partir. Ele hesitou um pouco, originalmente querendo mencionar que o seu tio estava chegando. No entanto, ao lembrar das recentes travessuras de seu filho caçula, ele relaxou a expressão e decidiu não mencionar Remígio. Ele assentiu com a cabeça e falou gentilmente para a jovem: "Tudo bem, vá descansar cedo, não fique acordada até tarde, tá bom?"