Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1647

Hera não se importou com eles, virou-se casualmente para Helena e disse: "Comprei as coisas, são alguns materiais de Medicina Tradicional, pode aceitar por agora, mais tarde eu te explico como usar."

Ginseng e guampas de veado, por exemplo, são materiais de Medicina Tradicional que, embora sejam revigorantes, para alguém como Lucas, que estava acamado há anos, poderiam ter efeitos adversos se usados em excesso.

A Medicina Tradicional é meticulosa na dosagem.

A mesma receita, com diferentes quantidades, pode ter efeitos completamente distintos.

A família Gouveia nem sequer compreendia isso, apenas foram comprar as coisas na farmácia e vieram correndo.

Hera tinha uma expressão levemente fria, mas não comentou muito sobre isso na frente de Helena, nem com a Sra. Gouveia.

"Vou te ajudar a arrumar, vamos embora." A voz de Hera estava suave, pelo menos não era o mesmo tom que usara com a Sra. Gouveia.

Helena, ao ver a garota começando a arrumar as coisas agilmente, não se importou mais com o que a Sra. Gouveia planejava e logo interveio, dizendo: "Não, Herinha, você pode descansar um pouco, eu faço isso, logo termino."

"Eu já te ajudei antes." Hera respondeu naturalmente, afastando a mão de Helena, abaixou-se para empilhar os banquinhos de plástico e começou a guardar o restante das coisas.

Ela não tinha pretensão, agia naturalmente, sem se importar com sua imagem.

Erasmo observava enquanto ela pegava os banquinhos de plástico, empilhava-os no carrinho e depois voltava para recolher as mesas de madeira.

Ele não podia deixar de pensar em Olinda.

Olinda nunca faria isso, pelo menos em público, ela era como uma princesa mimada, que não levantava um dedo, delicada e encantadora, despertando um sentimento de proteção.

Mas com o tempo, esse encanto cansava.

Às vezes ele percebia como Hera era completamente diferente de Olinda, mas na época ele não queria admitir que estava enganado.

Hera estreitou os olhos, levantando as sobrancelhas.

Mas logo ela riu, um sorriso insolente e impetuoso surgiu em seus lábios: "Erasmo, a gente se conhece bem?"

Ela achou a situação sem graça e foi direta ao recusar: "Não precisa, meu namorado não iria gostar."

Erasmo ficou com uma expressão alterada ao ouvir a primeira frase dela e, com a segunda, ficou ainda mais desconcertado. Ele tinha ouvido rumores na Universidade Castelo, mas não estava no círculo de Cidade Liberdade, então só sabia um pouco.

Ele apertou as mãos ao lado do corpo, sua voz estava tensa: "O Sertório é seu...?"

Hera respondeu com sinceridade, sem esconder nada, nem mesmo de Helena, e confirmou com facilidade: "Sim, ele é meu namorado."

A mente de Erasmo explodiu como fogos de artifício, e após o brilho só restou o vazio. Com a garganta seca, ele não conseguia mais dizer nada!