Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1662

Sertório franziu as sobrancelhas, seus olhos profundos pousaram nela, sem entender direito como aquilo ainda tinha ligação com Valentino Cardoso.

Mas, ao ouvir que havia alguém acompanhando Hera, ele relaxou um pouco:

"Tudo bem, de qualquer forma, se precisar de algo, liga para o Jorge. Ele está sempre em casa, ou está jogando videogame, ou sai pra curtir no Cavalo Branco. Ele não tem feito nada importante ultimamente, então é só chamar."

"Tá bom." Hera respondeu de leve.

Enquanto conversavam, a barra de progresso no computador dela finalmente chegou aos 100%.

Pelo canto do olho, Hera percebeu isso e logo voltou a digitar códigos no teclado.

Ela queria apagar mais uma vez todas as informações que encontrasse na internet sobre a Aliança Sangue VermelhoSun, para evitar que o pessoal da Continental Independente achasse qualquer pista. Menos problema!

Sertório olhou para o belo perfil da garota, a luz clara iluminava seu rosto, fazendo sua pele parecer ainda mais branca que mousse de coco, chamando atenção.

O olhar dele foi suavizando, e de repente, ele falou baixinho:

"Se não me engano, seu aniversário foi em agosto, né?"

"Hã?" Ela estava tão focada no computador que nem deu muita atenção ao que ele disse, respondeu distraída, com a voz quase subindo no final.

Logo percebeu, parou o que estava fazendo e olhou para o homem por cima do ombro. Dessa vez, entendeu:

"Sim, já passou."

Silvano Fontes tinha dito que o aniversário dela era dezoito de agosto, e Sertório tinha feito uma festa para ela.

Naquela ocasião, muita gente apareceu.

"O que foi?"

Hera ficou confusa, sem entender por que ele veio com esse papo de aniversário.

Embora perguntasse, seus olhos já estavam voltados de novo para os códigos, os cílios baixos, pensando que informação ia modificar para si mesma.

SUN, masculino?

Sertório, porém, reconheceu de cara o que Hera fez quando viu a sequência de códigos complexos e elaborados que saíam dos dedos dela.

Ele esboçou um leve sorriso, mas o olhar era puro afeto. Não perguntou por que ela estava mexendo nos dados, só cruzou os braços, os cílios pretos abaixados, olhos meio fechados, e disse:

"Esse ano você fez 19, então na idade ‘redonda’ já tem 20."

Hera tinha acabado de colar as informações inventadas quando ouviu isso, virou-se, ergueu a sobrancelha, sem entender:

"Hã? E daí?"

Ter 20 anos completos, e daí?

Sertório parecia adivinhar o que ela estava pensando, deu uma risada baixa, rouca e charmosa, o olhar mais misterioso ainda:

"Falta só um ano. Quando você fizer 20, muita coisa vai ser permitida por lei."

"Tipo o quê? O que vai ser permitido?" Hera nem ligou a questão à idade legal para casar, achou que ele falava sobre ser maior de idade e outras trivialidades.