Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1691

Delfim entrou no quarto e, com ar de cavalheiro, deu apenas uma olhada rápida ao redor.

Ele percebeu que a garota tinha trazido bem poucas coisas.

No quarto de hotel, que não era grande, havia apenas um notebook.

Além disso, ao lado da cama, estavam algumas roupas para trocar.

Nem mesmo uma mala dava para ver no quarto, ou seja, Hera claramente não tinha trazido uma mala.

"Seu quarto é pequeno demais, não acha? Quer que eu peça para trocarem para um maior?" A impressão que Delfim sempre passava era de alguém tranquilo, quase arrastado, com os olhos sempre sorridentes enquanto falava.

Só que, como Hera diria, o sorriso dele era de uma raposa astuta.

A garota continuava toda de preto, mas sem o boné, revelava um rosto delicado e que chamava muito a atenção.

"Não precisa."

Delfim arqueou o canto dos lábios e olhou para ela: "Não me diga que não quer trocar só para não me dar trabalho?"

Hera olhou de volta, seus olhos bem contrastados parecendo perguntar "como você pensa tanta coisa?".

"Meus professores estão hospedados no quarto em frente, não seria conveniente trocar. Vou ficar aqui mesmo, sozinha tá ótimo."

Delfim coçou a própria orelha, meio sem graça, e sorriu: "E eu achando que podia mostrar um pouco do espírito anfitrião..."

Logo ele mudou de assunto, olhou para a garota e perguntou de novo: "Aliás, como você veio parar no Continental Independente?"

Na verdade, mesmo sem Hera falar, Delfim já tinha suas suspeitas.

Afinal, ela tinha mencionado seus professores.

Delfim imaginava que Hera tinha vindo junto com equipes de pesquisa de outros países.

Então, depois que Hera explicou por cima, ele fez uma expressão de quem já esperava por aquilo, virou o rosto e disse: "Então você nem teve tempo de passear por aí esses dias? Tem algum plano para a noite? Se não tiver, posso te levar para dar uma volta e, de quebra, te convidar para jantar."

Hera se encostou na mesa, uma mão no bolso, olhar baixo, os cílios pretos escondendo qualquer emoção. Parecia despreocupada, ainda não tinha respondido, estava prestes a dizer a Delfim o motivo real de tê-lo procurado.

O suor já escorria na testa dos visitantes, eles estavam pálidos e muito nervosos.

"Vocês são funcionários do hotel?" Delfim perguntou de novo.

"..."

O loiro que parecia o chefe gaguejou: "A-ah, desculpa, desculpa, acho que erramos o número do quarto."

"Mas vocês não estavam procurando a senhorita Fontes?" Vendo a reação do homem, Delfim sorriu ainda mais e falou com tranquilidade: "Se estão procurando a senhorita Fontes, então acertaram. Aqui é o quarto da Hera, qual o motivo da visita?"

"..."

Os funcionários ficaram tão assustados que nem conseguiam encará-lo, todos começaram a balançar a cabeça rapidamente: "Desculpa, desculpa, foi engano, foi engano."

"Desculpe o incômodo, vamos procurar de novo."

Dito isso, os funcionários pareciam morrendo de medo que ele fizesse mais perguntas e saíram correndo, praticamente fugindo sem olhar para trás.