Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1696

"Eu só vim pra cá porque a Continental Independente estava perigosa demais..." Alan parou no meio da frase, fechando a boca e entendendo tudo na hora.

Os dois pensaram a mesma coisa!

Sr. Sertório e Senhorita Fontes, cada um querendo evitar a preocupação do outro, acabaram não contando nada.

Ele pensou um pouco, mas ainda assim falou com bastante alegria: "Eu sabia que não era qualquer um no time do Sr. Fagundes pra ter aquele tipo de ousadia... Naquela hora eu até achei que a pessoa agia como a Senhorita Fontes, mas nem falei nada. Nunca imaginei que não era só parecida, era ela mesma."

Alan terminou de falar e só então caiu a ficha.

"Quer dizer então que quem gastou um bilhão pra comprar a mercadoria foi a Senhorita Fontes?" Ele ficou animadíssimo, tagarelando consigo mesmo: "Sr. Sertório, daqui a pouco quero ir com você pro Hotel Paraíso, também quero ver a Senhorita Fontes. Será que ela já jantou? Se não tiver, vou levar ela pra comer numa ótima churrascaria brasileira."

Na Continental Independente tinha gente de tudo quanto é canto.

Por isso, os restaurantes lá eram bem variados também—tinha comida de todo tipo, e a culinária brasileira era famosa e deliciosa, sempre lotada por lá.

Alan estava falando de um restaurante especializado em rodízio.

"Depois a gente vê isso." Sertório não deu muita trela, levantou-se e subiu para o andar de cima, se preparando pra trocar de roupa e lavar o rosto.

Teodoro, vendo a animação dos dois, franziu as sobrancelhas, claramente incomodado, mas se segurou para não demonstrar seu desagrado. No fundo, estava mesmo contrariado.

De novo aquela namorada atrapalhando os planos!

Ele sabia, sem nem precisar pensar muito, que a mudança súbita de planos do Sr. Sertório só podia ter a ver com a tal Senhorita Fontes que Alan mencionou.

Sr. Sertório estava preocupado que alguém mexesse com Hera pelas costas e, por isso, resolveu atacar logo o esconderijo do rival!

Tudo isso por causa de uma mulher! Era mimo demais!

Teodoro respirou fundo.

Ele ainda não concordava muito com esse tipo de decisão.

Já tinham planejado se infiltrar aos poucos no meio dos inimigos, mas Hera, com toda essa confusão, acabou jogando o plano por água abaixo.

Ela esboçou um sorriso torto, um tanto travesso, enquanto digitava código com uma mão e, com a outra, respondia distraidamente: "Só vim resolver um assunto. Assim que eu descobrir o que preciso, vou embora. Não deve demorar muitos dias."

Ela nem pensava em desvendar tudo de uma vez só.

Dessa vez, tinha vindo para a Continental Independente com Valentino Cardoso e os outros com um objetivo bem claro—descobrir se Pandora era mesmo alguém da Família Onofre!

Era só isso que queria saber. Quanto às complexidades e segredos de família, uma família tradicional como os Onofre, ninguém desvendaria tudo em dois ou três dias.

Ela não tinha intenção de ficar tanto tempo por ali.

O plano era só entender o básico.

Delfim, por sua vez, ainda tentava adivinhar que tipo de "assunto" ela precisava resolver.

Hera levantou o olhar, os olhos negros bem diretos nele: "Já está satisfeito? Se sim, vou pedir a conta."

Depois, explicou baixinho: "Tenho umas coisas pra resolver, preciso voltar pro hotel."