Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1715

Anabela pegou seu celular: "?"

Sr. Wagner também não escondeu nada dela. Sentou-se novamente, olhou para frente com uma expressão séria e disse: "Tenho a impressão de que o roubo da nossa mercadoria desta vez tem ligação com a Associação Comercial. O jeito como a Organização Brilhante prendeu gente nesse momento merece nossa atenção."

Ele era cheio de desconfianças.

Anabela pensava de maneira mais simples, sem entender direito o que ele queria dizer: "Pai, você está dizendo que a Organização Brilhante fez isso pra nos ajudar?"

Sr. Wagner pegou sua xícara de café, deu um gole e a colocou de volta na mesa, sem mudar a expressão. Seus olhos, levemente enevoados, ficaram mais atentos: "A Organização Brilhante sempre foi uma das grandes potências que surgiram recentemente aqui no Continental Independente. O histórico deles é misterioso, agem sem padrão..."

Anabela olhava sem entender.

E daí?

"Você lembra que uns anos atrás, a Organização Brilhante lançou uma recompensa no mercado negro, procurando aquele médico milagroso e misterioso?"

Anabela abriu a boca: "E o que isso tem a ver com eles ajudarem a gente?"

Os olhos de Sr. Wagner, afiados como sempre, carregavam uma sabedoria que os anos de Anabela nem chegavam perto de alcançar.

Ele mexeu devagar a xícara, fazendo o café balançar. Desviou o olhar, encarando o horizonte com ar distante: "Tenho pra mim que a pessoa por trás da Organização Brilhante é alguém conhecido nosso daqui."

Na época em que Alarico tinha os problemas mais sérios na perna, além do Instituto de Pesquisa nº 9 estar procurando especialistas pelo mundo todo, ele notou que a Organização Brilhante também estava atrás do tal médico milagroso.

Depois, quando a perna de Alarico foi curada, a Organização Brilhante sumiu do mercado negro, como se as ondas de um lago fossem voltando ao normal, e nada tivesse acontecido.

Naquela época, ele já achou coincidência demais.

Só que, como a Organização Brilhante era um poder do Continental Independente, ele não quis se aprofundar.

Pensando agora, toda coincidência tem sua razão de ser.

Anabela parou: "?"

Sr. Wagner, desta vez, relaxou totalmente a expressão. Olhou para ela e, ainda cauteloso, pediu: "Daqui a pouco, manda uma mensagem pra Herinha, fala pra ela tomar cuidado aí, se cuidar direitinho, e pergunta que horas é o voo dela de volta depois de amanhã... Ah, e manda pra ela a lista dos contatos da Família Dantas lá no Continental Independente. Não precisa se preocupar com a mercadoria por enquanto, o mais importante é garantir a segurança da Herinha."

Ele falou tudo de uma vez só. Anabela quase não conseguiu memorizar, mas anotou tudo e ainda brincou: "Nunca vi o senhor tão preocupado com o Sertório assim, viu? Se aquele mala souber, vai até ficar magoado!"

"Ele?" Sr. Wagner fez cara de poucos amigos, claramente sem vontade de tocar no nome, e acenou com a mão, dispensando-a: "Ele acabou de pedir dez milhões pra família, só ele mesmo pra ter coragem. Quase me fez gastar o dinheiro até do meu caixão!"

Anabela: "..."

Dinheiro do seu caixão, né? Dez milhões mal dava pra uma tábua, convenhamos.

Mas ela não ousou dizer isso em voz alta, preferiu ficar calada e não cutucar a onça.