Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1744

Os dois conversaram por um tempo.

O celular dela, deixado ao lado da mesa, se acendeu.

Brunilda viu, estendeu a mão para pegar o aparelho e olhou para a tela.

Era uma mensagem do Orfeu no WeChat.

Brunilda abriu sem muita preocupação.

Num relance, seu coração quase parou de bater.

[Orfeu: Esse remédio foi você que fez?]

O pânico passou rapidamente pelo rosto de Brunilda, mas logo ela se recompôs e respondeu a Orfeu rapidamente: [Mano, o que você quer dizer com isso? Meu remédio não fui eu que inventei, seria quem então?]

Ela pensou um pouco mais e achou que não era suficiente, então redigiu mais uma mensagem no WeChat, agora de forma mais solene e séria.

[Por que você está me perguntando isso do nada? Foi o vovô que comentou algo com você?]

Ela não acreditava que Galvão reconheceria remédios do mercado negro.

Brunilda se acalmou depressa, sua expressão ficou ainda mais tranquila, e ela até devolveu a pergunta para Orfeu: [Esse remédio eu desenvolvi na Associação de Farmácia, tem algum problema com isso?]

Ela mandou várias mensagens seguidas, mas Orfeu não respondeu de imediato.

Brunilda achou que ele só estava de frescura, não deu importância e largou o celular de volta na mesa.

Amalita estava conversando com o pessoal da Associação Médica, mas ao notar Brunilda mexendo no celular, inclinou a cabeça e perguntou baixinho, surpresa: "Aconteceu alguma coisa?"

"Nada demais, meu irmão me perguntou onde eu estava jantando." Brunilda respondeu de forma casual, sem se preocupar muito.

"Ah, tá bom." Amalita não pensou mais no assunto, desviou o olhar e voltou a conversar com os outros.

Vendo que não seria mais questionada, Brunilda acabou olhando de novo, sem querer, para o celular na mesa, que continuava imóvel, sem nenhuma nova mensagem.

Brunilda franziu um pouco a testa, sentindo uma ansiedade indefinida, sem saber ao certo o motivo, mas resolveu abafar essa sensação incômoda.

Mas, na verdade, havia diferenças, embora pessoas inexperientes não fossem capazes de percebê-las; só em laboratório, através de testes comparativos, se podia notar a distinção.

"Eu sei quem foi."

A fórmula que ela deixou na Associação de Farmácia era apenas um rascunho: listava os ingredientes, mas não especificava as doses de cada um.

Ela tinha acabado de experimentar o que Brunilda produziu. À primeira vista, parecia muito com seu próprio comprimido, mas, na prática, as quantidades eram totalmente aleatórias.

Tomar aquilo talvez não causasse nenhum efeito imediato perceptível, mas depois… era outra história.

Remédio é assim.

Uma diferença mínima pode resultar em consequências enormes!

Se Brunilda, depois de pegar a fórmula, tivesse se dedicado a pesquisar, usando o laboratório da Associação de Farmácia para analisar os componentes, talvez até tivesse algum resultado.

Mas Brunilda era apressada, queria tudo para ontem. Em vez de pesquisar a fundo, simplesmente tentou copiar o remédio pelo instinto, criando uma imitação grosseira.