Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1766

Do lado de fora, ouviu-se o ronco de um carro dando partida.

Remígio se jogou no sofá, com os dedos tremendo, e seus olhos afiados se voltaram para Orfeu. Sua voz saiu áspera: "Por que você me impediu agora há pouco? Sua irmã, ela..."

Nem terminou de falar e Orfeu o interrompeu: "Pai, todos aqueles caras estavam armados."

Armados?

Remígio ficou sem palavras: "……"

O rosto de Orfeu estava péssimo, mas ao menos ele ainda mantinha certa lucidez—bem mais calmo do que Remígio e Sylvia. Ele apertou os olhos, dizendo friamente: "Eles estavam todos com pistolas! De qualquer jeito, hoje eles levariam a Brunilda com eles, não faria diferença você correr atrás ou não. Precisamos pensar em outra solução!"

"Fácil falar, mas que solução a gente tem?" Remígio sentia a cabeça dobrar de tamanho, sem ideias.

Orfeu ficou um instante em silêncio, olhando para a porta.

Na entrada da casa, tudo parecia calmo, como se nada tivesse acontecido. Quem imaginaria que, há pouco, alguém invadiu a casa e levou Brunilda à força na frente deles?

Orfeu virou o rosto, olhou primeiro para Sylvia e perguntou em tom grave: "Mãe, você sabe do que aqueles caras estavam falando, vender remédio no mercado negro? Brunilda já comentou com você que vendia remédio ilegalmente?"

Sylvia estava mais aflita do que todos, sem cor no rosto, os olhos perdidos e vazios. Demorou para reagir, pensou um pouco e balançou a cabeça, apressada em dizer: "Não, nunca ouvi ela falar sobre isso."

Orfeu já esperava por essa resposta!

Passou a mão pela testa, as têmporas latejando forte.

Olhou então para Remígio, quase sem esperança: "E você, pai? Sabe de alguma coisa?"

Remígio estava um pouco melhor que Sylvia, mas o rosto também não era dos melhores. Olhou para Orfeu e balançou a cabeça: "Também nunca ouvi falar nisso."

Orfeu suspirou, então explicou sua suspeita: "Acho que Brunilda começou a vender remédio no mercado negro escondido da gente, e por isso chamou atenção desses caras. Quanto ao remédio que ela vende..."

"Chega, agora não é hora pra esse tipo de coisa!" Remígio a interrompeu de imediato.

Orfeu sabia que Sylvia dizia aquilo para ele ouvir. Por mais ressentido que estivesse, Brunilda era sua irmã de sangue, e mesmo sem Sylvia ameaçar, ele jamais ficaria indiferente ao que acontecesse a Brunilda.

Com o celular na mão, Orfeu saiu dizendo: "Vou ligar pro Sr. Guimarães."

*

Brunilda tinha sido levada de casa à força, e a Família Hollanda estava um caos.

Em poucas horas.

Remígio e Orfeu já tinham ligado para todo mundo que podiam, mas ainda não tinham recebido nenhuma boa notícia.