Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1842

Dentro da Mansão Onofre.

A arquitetura gótica transmitia uma imponência sóbria; tapetes macios e luxuosos persas cobriam o mármore dos corredores, estendendo-se até a porta do quarto principal.

Xavier foi avançando pelo sistema de verificação de íris, até chegar ao interior.

Após passar com sucesso pela verificação de impressão digital, as portas duplas do quarto se abriram automaticamente diante dele, denunciando o alto nível de tecnologia do lugar.

Xavier caminhava apressado com uma pasta de couro sob o braço, só então prendendo a respiração e sentindo o corpo inteiro ficar tenso.

Pisando levemente, entrou no quarto luxuoso e logo avistou um homem diante da janela panorâmica, balançando com elegância uma taça de vinho na mão.

“Chegou?” O homem de meia-idade nem ergueu as pálpebras, apenas virou-se, colocou a taça de vinho tinto sobre a mesinha de centro e se dirigiu de volta ao sofá.

À medida que Xavier se aproximava, seu semblante ficava cada vez mais respeitoso. Não ousou demonstrar o menor descuido e, com ambas as mãos, ofereceu a pasta de couro amarela que trouxera: “Chefe, trouxe o que o senhor pediu para eu investigar.”

Osvaldo já estava à altura do ombro de Xavier, prestes a passar por ele.

Osvaldo já estava sentado no meio do sofá, lendo atentamente os documentos da pasta, aparentando grande concentração.

Sem conseguir decifrar os pensamentos dele, Xavier hesitou, mas tomou coragem e continuou: “Chefe, o Sr. Onofre nunca quis se envolver com pólvora negra, e lá no Primeiro Instituto só temos a Srta. Mafalda, o que nos deixa um pouco frágeis demais. A pequena senhorita resolveu aquele seu problema matemático na festa, então talento ela tem… O que acha de trazê-la para o nosso lado?”

Já fazia vinte anos que ele acompanhava Osvaldo.

Embora Xavier fosse de outra família, conquistara a confiança de Osvaldo e, ao longo dos anos, ouvira muitos segredos da Família Onofre.