Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1861

Uma hora havia se passado.

No corredor lá fora, o mordomo andava de um lado para o outro sem parar, já não era mais a espera paciente do início, mas sim uma inquietação crescente, quase ansiosa.

Ele parou diante da porta, esticou o pescoço e tentou escutar algum barulho vindo de dentro, mas, após muito esforço, não ouviu absolutamente nada.

O mordomo franziu ainda mais a testa, a preocupação estampada no rosto.

Aquela tal de Senhorita Fontes tinha dito que sabia como curar a doença da senhora… Será que era só conversa fiada?

Se fosse, que coisa mais terrível!

Delfim e Filomena não ligaram para ele, nem sequer olharam em sua direção.

Filomena, após esperar uma hora, checou o relógio e, não se aguentando, virou-se e perguntou ao filho: "Por que eles ainda não saíram? Delfim, você acha que a Senhorita Fontes consegue mesmo?"

Ela esperava que Delfim a confortasse, dissesse que não havia com o que se preocupar.

Mas o jovem elegante e bonito respondeu, sem pensar muito: "Não sei."

Filomena não pôde evitar, fez uma careta e lançou um olhar de desaprovação para ele, já pronta para reclamar.

Nesse momento, a porta do quarto se abriu por dentro.

Lúcio saiu primeiro.

Filomena e Delfim imediatamente se endireitaram, atentos, olhando para eles.

"Senhorita Fontes, hoje eu realmente não sei como agradecer. Vou me lembrar desse favor e, se algum dia precisar de algo, é só pedir." Lúcio falou com tanta sinceridade que era impossível duvidar.

Ele tampouco conseguia esconder a alegria no rosto, sorrindo de orelha a orelha.

O mordomo e Delfim, ao verem o sorriso de Lúcio, ficaram momentaneamente surpresos. Desde que Natalia adoecera, fazia muito tempo que não viam Lúcio tão leve assim.

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