Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1886

Quarto no andar de cima.

A garota puxou a cadeira da escrivaninha com determinação e sentou-se sem cerimônia, abrindo o caderno de Natalia e folheando página por página.

Ao lado dela havia uma pilha de folhas de rascunho. Hera segurava uma caneta e, sempre que encontrava um ponto que não entendia, rabiscava rapidamente algumas anotações no papel.

O caderno que Natalia lhe dera era riquíssimo, abrangendo praticamente tudo sobre pólvora negra: desde física até química de processos industriais, da teoria a registros de experimentos. Todos os tópicos necessários para a avaliação estavam ali.

Inclusive, havia conteúdos ainda mais significativos e valiosos que nem sequer faziam parte da prova.

Por exemplo, os dados experimentais.

No começo, Hera não entendeu muito bem as anotações das experiências na segunda metade do caderno, mas, depois de pesquisar na internet, percebeu o quão impressionantes eram os experimentos registrados por Natalia.

Os experimentos do Primeiro Instituto de Pesquisa eram classificados em oito níveis.

De 1 a 8, cada nível representava uma dificuldade crescente: o nível 1 era o mais simples e o nível 8, o mais complexo!

Os experimentos de nível 8 não envolviam apenas técnicas laboratoriais, mas também as tecnologias de ponta de muitos campos diferentes—verdadeiras armas ultra-secretas, sendo o topo da pesquisa mundial.

Uma pessoa comum não só jamais teria acesso aos dados primários desses experimentos, como sequer teria o direito de chegar perto deles. Em qualquer país, tais experimentos eram classificados como ultra-secretos.

Mas o caderno de Natalia continha várias anotações de experimentos de nível 8, todas escritas com uma letra linda e de maneira extremamente detalhada.

Hera calculou por alto que qualquer experimento daqueles, se fosse divulgado, causaria uma disputa feroz entre diferentes grupos de interesse.

Hera digitou alguns dos dados que havia calculado no computador. Depois de alguns minutos, o resultado final apareceu na tela, diferente do que ela havia chegado manualmente.

Com dor de cabeça, ela massageou as têmporas e inclinou-se para trás na cadeira, com uma expressão um pouco irritada.

Foi então que uma voz masculina, baixa e bem-humorada, soou atrás dela: "Encontrou um problema complicado?"

Hera abaixou os cílios, o olhar demonstrando certa inquietação, e respondeu baixinho: "Uhum."

A questão era realmente difícil—mais difícil do que qualquer coisa que já havia enfrentado. Não era que ela não soubesse resolver, mas precisava de tempo para pensar em outra abordagem. Esse tempo podia ser um dia, dez, quinze, ou até mais...

Sertório, que raramente a via travar, lançou um rápido olhar para as fórmulas na tela, já tendo uma ideia do desafio. Aproximou-se, ficou diante da garota e inclinou-se levemente sobre ela.