Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1922

Teodoro sabia que antes ele mesmo tirava sarro da Hera, mas agora estava defendendo ela.

Suas orelhas e o rosto ficaram um pouco quentes de vergonha, a expressão meio constrangida. Ele lançou um olhar fulminante para Waldo, mas não disse mais nada e foi logo tratar dos afazeres.

*

No quarto do segundo andar.

Hera abriu seu notebook e fez login no aplicativo da Aliança Sangue Vermelho.

Logo viu que Adoro Garotas Gostosas tinha mandado uma sequência de mensagens para ela.

Hera puxou a cadeira, sentou-se e, com o mouse, foi abrindo uma a uma as mensagens não lidas.

"Adoro Garotas Gostosas: Eu descobri umas coisas sobre a Pandora."

"Adoro Garotas Gostosas: Acontece que a Pandora trabalhou antes no Primeiro Instituto de Pesquisa, e era um dos membros do laboratório nível 8 daquela época."

"Adoro Garotas Gostosas: Aquela turma do laboratório nível 8 do Primeiro Instituto de Pesquisa era extremamente fera, e o fato da Pandora ter entrado lá já mostra que ela era alguém realmente incrível."

"Adoro Garotas Gostosas: Depois, não sei por quê, aquele grupo acabou se separando. Pandora também saiu do Primeiro Instituto de Pesquisa e sumiu."

"Adoro Garotas Gostosas: Descobri também que um dos membros daquela turma ficou no Primeiro Instituto de Pesquisa, e agora virou chefe de laboratório."

"Adoro Garotas Gostosas: O chefe do laboratório nível 5, Fáusio, era colega da Pandora no laboratório nível 8, praticamente como irmãos de laboratório. Olha só! Uma morreu, o outro virou chefe do laboratório nível 5. Ninguém sabe o que aconteceu naquela época, para aquela turma de gênios do laboratório nível 8 se separar e chegar nesse ponto..."

Hera terminou de ler aquela enxurrada de mensagens, com os dedos repousando sobre o mouse, sem se mexer por um bom tempo.

Laboratório nível 8?

Fáusio?

O que teria acontecido naquele ano?

Ela olhava para a tela do computador, ligando as informações que Adoro Garotas Gostosas tinha trazido com o que ela mesma vinha investigando ultimamente.

Hera sentiu como se um fio invisível a puxasse para frente, mas antes que pudesse agarrar aquele pensamento...

"Diga."

Foi seca e cheia de atitude.

A pessoa do outro lado pareceu não esperar aquela postura dela. Demorou alguns segundos, até que respondeu com voz grave e contida: "Sou Emanuel Onofre. Pela tradição, você deveria me chamar de Sr. Guilherme. Liguei para perguntar se você teria um tempo para nos encontrarmos."

Sr. Guilherme? O que seria isso?

Hera franziu a testa de irritação. Já ia dizer que não tinha tempo, mas, antes que as palavras saíssem, olhou para o celular e lembrou da frequência com que a Família Onofre vinha ligando ultimamente. Silenciou, incomodada, por um instante: "Onde seria?"

"No Intercontinental, tudo bem para você?" A voz do ancião era marcada pela idade e por uma autoridade inegável.

Ele já tinha marcado o lugar, e ainda perguntava se ela podia?

Se ela dissesse que não, eles mudariam de lugar?

Mas, tanto fazia onde seria. Ela só ia lá para conversar e deixar tudo claro mesmo.