Era Diamante: Brilho romance Capítulo 195

Ela mal pôs os olhos no salão e percebeu que o homem também estava ao telefone, com os cílios escuros e fechados, exibindo uma postura calculista e elegante.

Hera manteve seus lábios firmemente fechados.

A intuição que ela havia ignorado antes estava agora mais forte do que nunca.

Ela segurou o celular contra o corrimão e chamou: "Sertório?"

Era ele?

Assim que terminou de falar, ela viu a pessoa lá embaixo levantar a cabeça de repente, como se tivesse uma conexão telepática com ela, olhando diretamente em sua direção.

Seus olhares se encontraram.

Ela viu um sorriso surgir no rosto dele, parecendo não estar nem um pouco surpreso ao responder: "Olá, Dra. Sun."

Se ele não estivesse enganado, membros da Aliança Sangue Vermelho também estavam à sua procura por materiais raros, e o símbolo da Aliança Sangue Vermelho tinha um grande S.

Hera: "..."

*

Ela não sabia como tinha acabado ao lado daquele homem na entrada do hospital, esperando que lhe entregassem os materiais que precisava, e como tinha voltado com ele para a ala dos quartos.

Membros da Família Gouveia ainda estavam barrados lá fora.

Ao ver Sertório retornar com Hera, Narciso se levantou num pulo e apressou-se em sua direção, com um tom grave: "Sr. Sertório, gostaria de saber como está o Alarico."

Ele era o pai biológico de Alarico, e Sertório, afinal, era apenas o tio do garoto. Que direito tinha um tio de impedir um pai de ver seu filho?

Ele estava furioso por dentro, mas não se atreveu a confrontar o homem à sua frente, contendo-se ao dizer: "Eu sou o pai do Alarico!"

Esse homem tinha um pedigree que Hera não poderia igualar, mesmo que o multiplicasse por dez.

Ao ouvir Erasmo afirmar categoricamente que Hera não era digna, Olinda imediatamente se sentiu melhor, percebendo que era uma questão de Hera ser insistente. Ela mal pôde conter um sorriso zombeteiro, abaixando rapidamente a cabeça e respondendo obedientemente: "Ah."

Hera nem sequer olhou para eles, ficando ali de pé, impaciente e com uma postura desafiadora.

Ela disse a Sertório: "Pode continuar conversando, eu vou entrar."

"Entre, Alan está lá dentro." - Ele respondeu com tranquilidade, aparentemente não surpreso ao descobrir que ela estava vestindo um colete por baixo, como se nada fosse diferente.

Sua reação deixou Hera ainda mais à vontade; ela assentiu e murmurou "Ok".

Ela ainda estava usando seu uniforme da Escola Milagre, com um corpo esguio. Olhando para ela, ninguém imaginaria que essa jovem estudante do ensino médio era, na verdade, a renomada médica do mercado negro, Dra. Sun.

Sertório retirou seu olhar profundo da figura dela, depois se virou para o homem que bloqueava seu caminho, exibindo uma expressão de alguém que havia sofrido um grande insulto, mudando completamente o ar amigável que tinha antes, e falou com uma frieza desdenhosa: "Já fui informado pelo Alan sobre o que aconteceu lá fora."