Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1968

"O Sr. Guilherme está esperando a senhora na suíte A1103." Xavier não ousava encará-la.

"Hum."

"Vou acompanhá-la até lá."

Ao perceber que ela aceitara o encontro, Xavier apressou-se em ir à frente, guiando Hera pelo caminho.

...

Dentro de uma das suítes ao lado do corredor.

Emanuel já estava esperando há muito tempo.

Dessa vez, ele não preparava chá como de costume, apenas sentava-se em uma cadeira, aguardando a chegada dos outros.

Logo, Xavier entrou com uma pessoa, empurrando a porta e adentrando a sala.

Assim que Emanuel viu quem era, levantou-se imediatamente. Sob os cabelos grisalhos, seus olhos turvos brilharam com um entusiasmo intenso, bem diferente da habitual frieza.

"Herinha, entre logo."

Desta vez, ele foi caloroso, convidando Hera animadamente para se sentar.

Ainda pediu a Xavier: "Peça para o garçom trazer dois cafés, por favor."

Virando-se, olhou para a jovem com gentileza e perguntou: "Você prefere um café Blue Mountain, ou um desses cafés doces que as moças costumam gostar?"

"Não tomo café." Hera foi direto até lá, mas nem pensou em se sentar. Encostou-se de lado na cadeira, uma perna longa dobrada, com um ar de desleixo rebelde. Seus olhos negros e límpidos encararam o ancião de cabelos brancos, sem rodeios: "Pra que vocês me chamaram aqui?"

O sorriso de Emanuel quase congelou no rosto. Ele franziu a testa, quase perdendo a paciência.

Cem milhões não era pouca coisa.

Claro, para a Família Onofre, cem milhões não faziam diferença.

Emanuel a olhou intensamente: "Tudo o que disse antes continua valendo. Se você voltar, pode pedir o que quiser."

"E se eu pedir o cargo de chefe da família, também me dá?" Hera se animou, devolvendo a pergunta com um ar insolente e atrevido.

Estava claro que não pretendia aceitar!

E, de fato, ao ouvir isso, o rosto de Emanuel mudou levemente.

Xavier também se apressou: "Senhorita, estamos aqui para conversar de coração aberto. Não é possível que você nunca volte para a Família Onofre, que nunca reconheça suas origens."

"Quem disse que não é possível?" Hera lançou-lhe um olhar, as mãos nos bolsos, expressão relaxada, o tom leve e debochado, sem esconder o que pensava.