Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1970

Incluindo o famoso e misterioso Instituto de Pesquisa nº 9, conhecido em todo o país.

Sertório tirou o paletó e o colocou no encosto da cadeira. Agora, vestia apenas uma camisa branca, que nele transmitia uma elegância reservada, chamando ainda mais atenção.

Seus modos e fala denunciavam uma educação primorosa.

Ele respondeu uma a uma às perguntas de Lúcio.

Lúcio já vinha observando-o há um tempo e, assim como Natalia, quanto mais olhava, mais satisfeito ficava. Então, com um sorriso, perguntou:

— Sertório, você se chama Ye, é da Cidade Liberdade, e Wagner Dantas é seu...

O Continental Independente sempre fora isolado do mundo.

Mas isso não significava que as pessoas do Continental Independente desconheciam o mundo exterior; pelo contrário, eles pareciam estar sentados confortavelmente, comandando os destinos das diferentes forças lá fora.

A Família Dantas era uma das potências no topo da pirâmide da Cidade Liberdade.

Eles também possuíam recursos de terras raras.

Por isso, não era estranho que ele soubesse sobre a Família Dantas e o Sr. Wagner.

— Esse é meu avô — Sertório admitiu sem mudar a expressão, com extrema tranquilidade.

Lúcio relaxou um pouco as sobrancelhas e comentou:

— Agora entendi. Pelo seu jeito de falar, já imaginei que sua educação não era pouca coisa. Então você é da Família Dantas, da Cidade Liberdade.

Assim que terminou de falar,

Natalia serviu-lhe uma xícara de chá para ressaca e colocou na frente dele:

— Beba um pouco de água!

Lúcio pegou a xícara sorridente e começou a beber.

Natalia levantou os olhos mais uma vez. Seu rosto belo tinha uma suavidade líquida, e ela cochichou carinhosamente:

— Sertório, não ligue para o que ele fala. Se ele perguntar algo que você não queira responder, pode ignorar. Ele é curioso demais, já tem uma certa idade, mas ainda age como um garoto, fala sem pensar.

— Não se preocupe. O Sr. Lacerda é uma ótima pessoa — Sertório também pegou o chá, usando a xícara para esconder os lábios, baixando os olhos para ocultar suas emoções.

Ele sabia muito bem por que Lúcio estava fazendo tantas perguntas indiretas.

Na verdade, Hera já tinha terminado, mas vendo que ele ainda a olhava, mordeu os lábios, e emoções inquietas quase transbordaram do olhar:

— Você não conhece.

— Gente da Família Onofre.

Quando ela mencionou "Família Onofre", Sertório logo imaginou o que poderia ter acontecido lá fora.

— Por que não me mandou mensagem? — Sertório hesitou por um instante, depois acrescentou, um pouco resignado: — Se tivesse me avisado, eu teria ido te procurar.

— Não precisa.

— Já deixei tudo claro para eles.

Os dois conversavam em voz baixa, de modo que só eles podiam ouvir.

Aos olhos dos outros, parecia um casal de Pandora trocando confidências.

Um homem bonito e uma mulher linda — chamavam atenção onde quer que fossem.

Jorge já estava acostumado, não se importava mais em ser "bombardeado" pelo romance alheio. Afinal, todo dia recebia uma boa dose desse "alimento para solteiro", só temia acabar com indigestão de tanto consumir.