Era Diamante: Brilho romance Capítulo 1983

O homem de traços delicados baixou os cílios, escondendo qualquer emoção nos olhos; apoiava-se de lado no balcão do laboratório, as mãos nos bolsos, o rosto inexpressivo e a voz grave: "Eu não sei."

Agenor, resignado, apertou a têmpora com os dedos e logo se virou para Angelica, que já começava a ficar ansiosa: "Não escuta ele, Hera vai ficar bem!"

Ele falava com leveza, mas, na verdade, também estava preocupado com a situação da colega na sala da diretoria.

Só que eles não tinham muita influência, o acesso era restrito, e Valdemar ainda tinha pedido que não fossem atrás.

Agora estavam como quem atravessa o rio vendado, completamente no escuro, sem saber de nada nem como estavam as coisas do outro lado.

Os três estavam aflitos.

E do lado de fora do laboratório, Hera já tinha voltado.

"Hera!"

Angelica, que estava mais próxima da porta, foi a primeira a notar, o coração disparou e ela correu até a colega.

"E aí? Como foi?"

Com medo de Hera não entender a pergunta, se apressou em acrescentar: "O que os chefes do instituto disseram? Já decidiram o que vão fazer? Você está bem?"

Angelica não era boba; afinal, já tinha alguns anos de casa.

Comparada com Hera, era praticamente veterana no Primeiro Instituto de Pesquisa.

O motivo dela parecer tão desprendida, com aquele ar irreverente e desinteressado, era porque já tinha entendido a fundo a hierarquia do instituto.

Sabia que gente como ela, sem contatos ou família influente, praticamente não tinha futuro ali.

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