Era Diamante: Brilho romance Capítulo 2401

Emanoel Morais avaliou a jovem à sua frente mais uma vez e, depois de um longo momento, acenou com a mão e disse: "Entendido. Volte para casa e aguarde notícias.”

"Sr. Morais, eu…” Vendo que ele falava de forma ambígua, Mafalda Onofre sentiu o coração apertar de ansiedade e quis sondar um pouco mais sobre o que ele pensava.

No entanto, Emanoel não lhe deu essa cortesia. Erguendo as pálpebras, lançou-lhe um olhar venenoso como o de uma serpente e fixou-a: "Ainda há algo?”

Mafalda baixou a cabeça imediatamente, respirou fundo para acalmar os nervos e disse: "Desculpe o incômodo, Sr. Morais.”

"Hum.” Emanoel acenou com a mão para que ela saísse.

Mafalda mordeu o lábio, contrariada, e virou-se para sair.

Ao sair, ela quase esbarrou no homem de barba espessa que vinha apressado procurar por Emanoel.

Depois de se cruzarem, Mafalda olhou para trás e viu-o entrar para falar com Emanoel.

"Sr. Morais, aquela Hera Fontes que o senhor me pediu para investigar…”

Ao ouvir as palavras ‘Hera’, as pálpebras de Mafalda tremeram violentamente, quase como um reflexo condicionado.

Seus passos diminuíram involuntariamente, e ela aguçou os ouvidos, tentando escutar o que diziam lá dentro.

Contudo, a empregada que se aproximou não lhe deu essa oportunidade. Vendo que ela hesitava em partir, tomou a iniciativa de dizer: "Srta. Onofre, eu a acompanho até a saída.”

Mesmo que tivesse um milhão de razões egoístas para querer ouvir a conversa, Mafalda não se atrevia a ser insolente diante de alguém da família reclusa. Ela teve de reprimir as batidas aceleradas do coração e, fingindo calma, agradeceu: "Muito obrigada.”

"Não há de quê.”

A empregada guiou o caminho.

Mafalda não teve outra escolha a não ser segui-la.

…

O barbudo olhou para ele, sem entender: "Sr. Morais, o que o senhor quer dizer?”

"Se eu quero que Mafalda assuma o controle da Família Onofre, preciso eliminar os obstáculos para ela. A atitude de Osvaldo Onofre é muito ambígua, então eu simplesmente farei a escolha por ele.”

Emanoel nunca fora uma pessoa de coração mole. Ele sempre desaprovou a maneira branda com que Martin agia como os olhos e a boca da família reclusa para o mundo exterior.

Seus métodos também eram fracos.

Ele tinha o hábito de cortar o mal pela raiz. Somente arrancando a ‘raiz’ do problema, as ervas daninhas não teriam chance de brotar novamente!

"Mande alguém espalhar um boato”, instruiu Emanoel. "Deixe-a saber que o que aconteceu com Pandora naquela época tem relação com a Organização K.”

A Organização K era o maior grupo de mercenários do mundo, conhecido por seus métodos extremamente cruéis.

Eles aceitavam qualquer trabalho.