Era Diamante: Brilho romance Capítulo 256

Kesia não acreditaria de jeito nenhum e, ao se aproximar, forçou a mão dela a abrir, revelando realmente uma marca de mão na sua pele delicada. Com fogo brilhando em seus olhos, perguntou furiosa:

"Quem fez isso? Quem deixou você assim?"

Em circunstâncias normais, Olinda poderia ter se sentido tocada por tal preocupação, mas naquele momento ela só queria minimizar a situação e evitar mais confusão.

Por isso, segurou Kesia, tentando evitar que a situação se agravasse, e disse, entre a resignação e a humilhação: "Mãe, eu estou bem, de verdade, eu só bati na senhora sem querer, já passou..."

Ela nem tinha terminado de falar quando Kesia a interrompeu abruptamente: "Foi a Hera, não foi?"

Olinda desviou o olhar, hesitante.

Ao ver sua hesitação, Kesia teve sua suspeita confirmada e ficou tão furiosa que quase explodiu, querendo confrontar Hera imediatamente.

"Ela não tem o direito de bater em você!"

Ela nunca gostou de Hera, que sempre pareceu uma estranha na família, sempre séria e de poucas palavras.

Isso já seria suficiente, mas seus olhos, que pareciam falar por si mesmos, eram os piores.

Escuros e penetrantes, eles pareciam revelar todos os demônios escondidos em seu coração com apenas um olhar!

Quem gostaria de ter alguém assim por perto o tempo todo?

Dizem que até um cachorro, depois de três a cinco anos, conquista seu carinho.

Mas ela nunca conseguiu sentir nada por Hera, exceto rejeição e repulsa, mesmo depois de dezoito anos tratando-a como uma ‘filha adotiva’.

Hoje, essa ‘filha’ que ela desprezava havia envergonhado a família diante de quase metade da elite de Cidade Milagre.

O que ela poderia dizer?

Dizer a Kesia e a todos os presentes que, querendo se destacar, ela acabou sendo humilhada e, depois de um confronto impensado com Hera no banheiro, levou um tapa por dizer algo ofensivo.

Ou devo dizer que ela tentou revidar, mas foi contida e descartada como lixo, e recebeu uma advertência contundente sobre o incidente?

Olinda não conseguia falar, desviando o olhar da multidão, sentindo pela primeira vez que Kesia estava falando demais.

Ela evitou olhar para Kesia, virando o rosto e não deixando que ela tocasse seu rosto, recusando-se a encará-la diretamente: "Mãe, não pergunte mais nada. Se eu disser que me bati, é porque me bati, por que você precisa saber mais do que isso?"

Essa reação, aos olhos dos outros, parecia que ela havia sido espancada por Hera e ainda estava defendendo o agressor, protegendo o "agressor" o tempo todo.

Naquele momento, Florinda Simões deu um pequeno gemido e disse baixinho: "Essa é a boa educação da Escola de Milagres. Assim como a Marina Paiva, que foi parar na prisão e ainda não foi solta. Ela agrediu uma colega de classe fora da escola, que tipo de situação é essa? Uma agressão intencional ou uma briga?"