Era Diamante: Brilho romance Capítulo 322

Ela sempre foi uma pessoa de pouca paciência. Se não fosse pela presença de Poliana e Kayo, ela provavelmente já teria se esquivado das pessoas inconvenientes e ido embora.

Erasmo observava a moça à sua frente, com a pele delicada brilhava que quase cegava os olhos, vestida em preto e branco com simplicidade e elegância. Seus olhos eram profundos como a tinta, e seus cílios, abaixados, indicavam claramente sua falta de interesse em interagir. No entanto, havia algo nela, como um anzol misterioso, que capturava a atenção das pessoas.

Mesmo recebendo um tratamento frio dela, Erasmo não conseguia desviar o olhar. Ao contrário, sentia-se ainda mais atraído: "Eu tenho algo para te dar."

*

À beira da estrada, um Volkswagen preto estava estacionado sob a sombra das árvores.

No banco de trás, um homem com as pernas esticadas relaxava confortavelmente, uma mão segurando o celular, exibindo uma expressão indiferente e preguiçosa. Seus cílios cobriam suas emoções, impossibilitando adivinhar o que pensava naquele momento.

"Em alguns dias eu volto... Por volta do dia 3... Sim... Mas ainda não tenho a certeza."

Sua voz era profunda, como batidas de tambor que ressoavam no coração.

"... Eu te aviso quando chegar."

Na região da Liberdade, na Mansão Dantas, um homem idoso com cabelos e barba brancos, vestindo um terno elegante e mantendo a postura ereta, exibia um olhar feroz que intimidava sem precisar de palavras, enquanto falava ao telefone. Seu rosto normalmente sério estava visivelmente contrariado, quase escurecendo de raiva.

"Seu moleque, quando você vai voltar afinal? Parece que está se divertindo tanto lá fora que esqueceu da casa. Alarico também, ultimamente nem me liga."

Sertório ouvia a voz furiosa do outro lado da linha, com um leve sorriso no rosto, respondia displicentemente: "Se você sente falta dele, liga para ele. Não é como se ele fosse ignorar sua ligação."

Mas havia mais por dizer.

"Como você sabe que ela vai para a Liberdade? Foi o Alan que te contou?" Sertório abaixou as pálpebras, brincando com um terço em seu pulso.

O terço deveria transmitir paz, mas em seus dedos, parecia carregar uma ameaça velada.

Alan sentiu um arrepio na nuca e rapidamente levantou as mãos em sinal de inocência.

"Humf, você não vem para casa há seis meses, e de repente diz que vai voltar. Eu imaginei que fosse por causa da menina indo para a Liberdade, e você a seguindo."

"Que tipo de homem é esse que só sabe seguir a esposa!"

As palavras eram duras, mas o tom era ameno: "Sua tia me contou que Hera curou a perna do Alarico. Depois que ele se recuperar, poderá andar como uma criança normal. Ela... Ela e a mãe são benfeitoras da nossa Família Dantas. Fique tranquilo, eu não sou tão teimoso assim. Eu me lembro do seu compromisso com a menina, não vou dificultar as coisas para ela!"