Era Diamante: Brilho romance Capítulo 833

Henrique Hollanda também estava empolgado, apressou-se em colocar a xícara de chá de lado e avançou junto com Alan.

Hera Fontes desceu as escadas num pulo, ajustou a aba do seu boné, com um olhar intenso e uma voz rouca como quem acabou de sair do banho: “Não precisa, vou sair um pouco.”

Sertório Dantas ainda estava ao telefone com Jorge, mas ao ver quem chegava, desligou a chamada sem dar atenção ao falatório do outro lado da linha, descaradamente colocou o celular de lado, levantou o olhar, seus olhos sombrios escureceram ainda mais, e não se desviaram de Hera: “Vai pra onde?”

“É, Herinha, a essa hora, para onde você vai?” Henrique interveio.

Hera, com as mãos nos bolsos, ainda exalando uma aura de rebeldia, deu a Henrique um olhar penetrante e disse: “Casa da Helena.”

“Prometi jantar lá. Ela fez uma galinhada esperando por mim.”

Henrique: “... Helena, né.”

Com Helena, ele não estava surpreso.

Hera tinha uma maturidade que ultrapassava sua idade, mas com Helena e seu marido, ela se permitia ser como qualquer garota comum. Só Helena conseguia fazê-la sair de casa com uma simples galinhada.

Considerando o recente episódio em que Geralda Pessoa contratou uns capangas para emboscar alguém, Henrique estava um pouco preocupado de deixá-la ir sozinha, estava prestes a dizer algo.

Mas então, o homem ao seu lado pegou as chaves do carro sobre a mesa de maneira decisiva, passando por ele naturalmente: “Vamos, eu te levo.”

Hera levantou levemente o canto do olho, escondendo o interesse em seu olhar, franziu os lábios, sem dizer nada, o que equivalia a um consentimento, e virou-se para liderar o caminho.

Sertório, observando a figura à sua frente, pegou seu casaco e casualmente apanhou um cachecol, avisando a Alan com um ‘volto logo’, e com passos largos seguiu-a.

A mansão ficou rapidamente apenas com Alan e Henrique, Alan, acostumado com essas cenas no Instituto de Pesquisa nº 9, agiu como se nada tivesse acontecido e foi cuidar de seus afazeres.

Somente Henrique ficou parado, olhando para a direção da porta por um bom tempo, sem conseguir voltar a si.

Sr. Sertório não havia prometido esperar até Herinha entrar na universidade? Não seria tão contraditório a ponto de agir de forma tão baixa, seria?

Hera hesitou em responder.

Ela estava no térreo, mas, pelo jeito, parecia que subiria tão cedo.

Seus dedos delicados digitaram uma resposta para Kayo Nogueira.

[Estou esperando o semáforo abrir, já chego.]

Após enviar, ela levantou o olhar, encontrando-se com os olhos dele, um lembrete selvagem em seu olhar: “Sr. Sertório, não esqueça, você ainda está em período de avaliação. Isso agora seria considerado uma ameaça ao avaliador?”

“Heh.” Sertório riu baixo, aproximando-se dela, suas respirações se entrelaçando. Seus olhos profundos como um abismo escureceram, apoiou a mão na janela do carro, sua voz baixa e rouca: “Isso no máximo seria considerado um suborno. Um avaliador não pode me dar uma chance de suborno? Hmm?”

A inflexão sedutora em sua última palavra era de tirar o fôlego!