Era Diamante: Brilho romance Capítulo 84

Olinda a segurou pelo braço, com um sorriso caloroso e íntimo, como se nada pudesse abalá-la: "Júlia, não fale assim. Fico feliz que ela tenha se saído bem nos exames. Venha, vamos voltar".

Marina: "Você não vai mais comprar a caneta?".

Olinda olhou para os alunos da classe A que cercavam a pequena papelaria, com um brilho de desprezo brilhando em seus olhos: "Não, vou pegar a sua emprestada por enquanto."

"Está bem."

*

Na sala de aula.

Hera, encostada na cadeira, com um olhar frio, abriu um aplicativo escondido no celular, apenas um simples quadrado vermelho, mas se olhasse de perto, poderia ver a letra S.

Quase todos do submundo conheciam essa letra, S, a Aliança Sangue Vermelho. Uma aliança que se envolvia em hacking, tráfico de informações, minérios, entre outros.

Praticamente qualquer negócio era do seu interesse, mas também poderiam não se envolver em nada, dependendo apenas do humor.

Operando na linha tênue entre o bem e o mal, a Aliança Sangue Vermelho era notoriamente conhecida.

Hera, com seus dedos pálidos, abriu o aplicativo, que exibiu uma caixa de diálogo.

Ela digitou seu nome de usuário e senha.

Imediatamente, uma notificação surgiu: [Sun está online. ]

O grupo ficou em silêncio por três segundos e depois começou a conversar.

[Dama da Noite: Eu estou vendo direito? A chefe está online? ]

[Adoro Garotas Gostosas: Choveu em São Paulo. ]

[Caneta de Deus: Será que nosso sistema foi hackeado? Garota, dá uma olhada aí. ]

[Adoro Garotas Gostosas: ... ]

[Adoro Garotas Gostosas: Quantas vezes vou ter que te dizer, sou Adoro Garotas Gostosas, não "Garota"! ]

[Caneta de Deus: Tanto faz, verifica se teu aplicativo bugou. A chefe teve a conta roubada. ]

[Sun: OK. ]

Hera terminou de enviar as mensagens e não continuou a acompanhar a conversa, saindo diretamente do aplicativo.

Algo estranho aconteceu: assim que ela saiu do chat, o aplicativo do quadrado vermelho desapareceu da tela do celular, como se nunca tivesse existido.

Ela tinha acabado de colocar o celular de volta na bolsa quando Poliana e os outros voltaram rindo, com picolés nas mãos.

Hera tirou um chiclete do pacote e o colocou na boca, mastigando lentamente.

Recostada em sua cadeira, com os olhos semicerrados e um ar de despreocupação, ela se lembrou do incidente do dia anterior.

A coluna de Lucas não podia esperar mais, ela se lembrou de que o garoto do 8º andar estava mancando ontem. Quando conseguisse o material, ela o examinaria para ver se poderia ajudar e, se possível, o trataria junto com Lucas.

Quase ao mesmo tempo.

Sertório e Alarico, carregados de sacolas de café da manhã, voltaram ao hospital, abriram a porta do quarto e encontraram a cama meticulosamente feita, mas a pessoa e seus pertences haviam desaparecido.