Era Diamante: Brilho romance Capítulo 981

Bip bip bip, o celular não parava de tocar desde que tinha sinal.

Hera sabia, sem nem olhar, que, enquanto assistia ao desfile, muitas pessoas estavam tentando contatá-la.

Ela imaginava que fosse Jorge ou talvez Valentino Cardoso.

Mas, ao baixar os olhos e dar uma olhada desinteressada, viu que quem mais mandava mensagens era a turma de Cidade Milagre.

【Hera, tentei te ligar e seu celular estava desligado. Quando puder, me liga de volta, estou esperando.】

A pessoa que enviou a mensagem era Delfina.

Hera arqueou uma sobrancelha, surpresa por Delfina ter mandado aquela mensagem.

Desde o vestibular, quando ela deixou Cidade Milagre para ir para Cidade Liberdade, Delfina raramente entrava em contato, exceto por assuntos da escola.

Mas, em feriados ou quando o tempo esfriava em Cidade Liberdade, Delfina às vezes mandava uma mensagem.

Cada vez que recebia essas mensagens, Hera sentia um calor no coração.

Ela franziu a testa e leu novamente a mensagem de Delfina. Mesmo através das frias palavras, podia sentir a urgência entre linhas.

O que teria acontecido?

Hera mordeu o lábio, apertou os olhos, mas não se apressou em retornar a ligação de Delfina. Em vez disso, saiu do aplicativo e começou a verificar as mensagens no WhatsApp.

Como esperado, Rafael, Poliana e Kayo Nogueira haviam enviado novas mensagens.

A de Rafael estava no topo.

Com a cabeça baixa, Hera ajustou a aba do boné, cruzou as pernas de forma descompromissada contra a parede, longas e proporcionais, sem expressão alguma no rosto, clicou no avatar de Rafael.

“Alô, mãe.”

Assim que a ligação começou, a voz preocupada de Kesia soou do outro lado, perguntando: “Olinda, por que você me pediu aquelas coisas? Comecei a pensar mais sobre isso e fiquei preocupada, então resolvi ligar. Por favor, não faça nenhuma besteira! Se você deixar isso vazar, Hera, com a personalidade que tem, não vai te perdoar. Aquilo em si já não é algo de que nos orgulhamos, você…”

Com paciência, mas com um olhar que escurecia, Olinda interrompeu delicadamente: “Mãe, eu sei. Não sou tão ingênua assim, pode ficar tranquila. Só me lembrei de algo que aconteceu no passado e queria te perguntar, não é nada demais.”

“Se é só isso, tudo bem. Mas por favor, não seja impulsiva! Mesmo que ela seja reconhecida pela Família Hollanda, com o apoio da Família Carrara, ela não tem como competir com você. Não vale a pena entrar em conflito com ela e se meter em problemas, você sabe, ela é uma louca, uma ingrata, capaz de virar as costas até para a própria família!”

Vendo que Kesia estava prestes a continuar a ladainha, Olinda chamou sua atenção, um tanto impaciente: “Mãe!”

“…”

Kesia finalmente se calou.

Aproveitando o silêncio, Olinda, tentando controlar sua irritação e falando com calma, disse: “Eu sei de tudo isso, mãe, não se preocupe. Não vou fazer nenhuma besteira, ela nem vale a pena!”