Erro que Inicia romance Capítulo 172

Heinz estreitou os olhos.

Marry o olhava e sorria levemente ao sentir a apreensão que emanava dele em relação a ela.

"Sr. Jones, nós somos muito parecidos, não é? Não me importo que a minha irmã e o Simon tenham estado juntos no passado. Acredite em mim, eu sei o que você está sentindo."

"Quem você pensa que é?" Heinz respondeu sem se importar.

"Eu sou a irmã da Grace." Marry sabia exatamente o que abalaria os nervos de Heinz. Mesmo que ele dissesse que não se importava, era só um fingimento.

Pois essa é a natureza dos homens.

São territoriais e possessivos se acham que algo lhes pertence.

Heinz não respondeu. Apenas olhou para Marry com frieza.

Marry sorriu de forma irônica e explicou pacientemente: "Quero o direito de desenvolvimento daquele terreno é porque ele tem as mais belas lembranças do meu marido com o seu primeiro amor. Ouvi dizer que eles deram o primeiro beijo lá."

Os olhos dele tremeram violentamente.

Heinz cerrou os punhos com força, suprimindo a raiva que tomava seu corpo.

Marry sorriu ao ver Heinz tentando manter sua compostura ao máximo, e continuou: "Se eu conseguir adquirir o direito para o meu marido, acredito que ele ficará muito grato. Honestamente, não me importo com essa paixonite entre ele e a minha irmã. O que eu quero é um amor de longo prazo."

Heinz olhou para ela. Ah, se ele fosse capaz de fazê-la desaparecer neste exato instante...

Os cílios longos e escuros dele bateram contra seus olhos ferozes enquanto os lábios finos se curvavam para cima.

"Sr. Jones, está com raiva?", Marry provocou.

Um sorriso frio apareceu no rosto de Heinz enquanto ele respondia friamente: "Raiva? Por que eu está fula da vida?"

"Sério?" Marry ainda não tinha acabado aí. Ela piscou os olhos levemente e falou baixinho: "Achei que ficaria chateado. Não esperava que o senhor fosse tão mente aberta quanto eu. Mas nós sabemos o que queremos, não é?"

De repente, Heinz estendeu a mão e puxou o queixo de Marry, acariciando levemente.

Marry sorriu. "O que está fazendo, Sr. Jones?"

"Você tem um rosto tão bonito, que pena que o seu coração é tão feio."

"Ah, não!" Marry respondeu, de forma graciosa. "Sr. Jones, por que me diz algo tão terrível?"

Marry examinou o homem à sua frente. Os olhos dele estavam cheios de orgulho e arrogância. Ele foi mais charmoso do que os de Simon.

A aura dele era tão encantadora que atraia a atenção de qualquer pessoa em sua presença.

Marry piscou os olhos levemente, "Sr. Jones, você é tão bonito, mas por favor não me seduza. No meu coração já tenho o meu marido. Não sou uma mulher que sai por aí dormindo com outros homens. Não sou tão fácil."

Ela estava indiretamente insultando Grace.

Ele puxou o queixo dela com um pouco mais de força. O aperto doeu, mas Marry não tinha medo. Ela apenas olhava para ele e continuava sorrindo.

Mas quando Heinz aumentou a força, Marry estremeceu de dor. "Sr. Jones, por que está sendo tão rude com uma mulher indefesa? Não seria bom para o senhor se alguém visse."

"Já chega!" Heinz gritou friamente.

"Marry, você é desprezível." Ele proferiu sombriamente.

"E daí?" Marry sorriu: "Enquanto meu marido me achar boa, não me importo com o que os outros podem pensar."

Heinz ergueu as sobrancelhas e apenas a olhou. Não pudessem descrever o quanto ele a desprezava com nenhuma palavra.

"Você nunca terá o direito de desenvolvimento daquele terreno."

Marry encolheu os ombros: "Eu estaria mentindo se dissesse que não esperava por isso. Bem, não é tão ruim se você tiver os direitos. Talvez possa construir um memorial no nome da minha irmã. Somos uma família, pode até ser melhor assim."

Heinz franziu as sobrancelhas mais uma vez.

Marry puxou a mão de Heinz em seu rosto, e um sorriso malicioso apareceu em seus lábios. "Sr. Jones, não deveria agir dessa maneira. Não seria estranho se a minha irmã visse?"

Heinz empurrou as mãos dela e olhou para a marca que havia deixado em seu rosto.

"Você é tão sensível. Não sabe que a minha irmã não gosta de pessoas assim? Cuidado, ela pode achar que o senhor está interessado em mim."

"Humph!" Heinz zombou. "Você se acha."

Ding—

As portas do elevador abriram na frente deles.

Marry sorri: "Tá bom, vou agora, Sr. Jones. No entanto, gostaria de sugerir que reconsidere a sua decisão. O jardim é um lugar especial para o meu marido, mas também para minha irmã. Acredito que ele estava pensando em discutir com Grace sobre como manter o lugar especial deles."

Marry foi embora com um sorriso.

Heinz destrancou o carro e sentou-se no banco do motorista. Depois de alguns minutos, saiu do carro e voltou para o prédio.

Grace achou que poderia descansar agora que Heinz havia partido.

Mas nesse momento, alguém bateu na porta. Ela se virou e viu Simon de pé contra a parede. Ele estava usando uma bata de hospital. Parecia muito mais magro e os olhos estavam injetados.

Ele olhou para Grace, em silêncio, os olhos sem piscar. Depois disse: "Posso entrar?"

Grace, inconscientemente, franziu a testa e disse mal-humorada: "Alguma coisa? Não tenho nada pra te dizer."

Simon já havia entrado e fechado a porta atrás.

Ele disse: "Sobre esse terreno do jardim da vovó..."

"Seu casal é muito engraçado." Grace murmurou: "Por que vocês estão me procurando um por um?"

Simon olhou para ela com olhos calorosos, mas a expressão era cansada. E disse com um sorriso irônico: "Só queria que o jardim fosse preservado."

"Saia." Grace não quis ouvir mais o que dizer.

Simon tirou uma carta de sua bata do hospital: "A vovó deixou uma carta para você."

Grace estava atordoada e seus olhos mostravam o seu espanto.

Simon parecia cansado. "A Marry não sabe que a vovó deixou isso para você. Quando a vovó faleceu, ela ficou muito arrependida."

Grace sentiu como se seu coração estivesse sendo esmagado por uma mão.

A avó dela tinha morrida dois anos depois de ela ter saído de casa. E mais tarde, ela tinha ouvido de Alice que Marry e Simon haviam estado com a avó durante os últimos momentos da sua vida.

Só de pensar nisso, ela sentiu tanta dor que mal conseguia respirar.

Um sorriso irônico apareceu nos lábios de Simon. Ele estava exausto e disse: "Acabei de fazer uma cirurgia no estômago. Posso me sentar?"

Grace não disse uma palavra e olhou para a carta nas mãos de Simon.

Simon se aproximou e entregou a carta a ela. "Ficou guardada na gaveta do meu escritório durante cinco anos. Hoje de manhã pedi à minha assistente que a trouxesse aqui. Sua irmã não sabe de nada sobre isso."

Grace sentia muita falta da avó, e estendeu a mão para pegar a carta.

Ela a abriu freneticamente, reconhecendo a caligrafia.

A caligrafia da avó era graciosa e firme, assim como a própria avó era quando ainda estava viva.

Simon sentou-se no sofá e esfregou suavemente o estômago dolorido. "Você deveria ler a carta com calma. A vovó estava muito preocupada com você."

Grace não se mexeu.

A visão dela foi para carta. Mas antes que pudesse continuar lendo, as lágrimas brotaram.

Simon olhou para ela e se levantou. Pegou alguns lenços de papel e foi até ela.

As lágrimas de Grace desciam pelo rosto.

Ela nem percebeu os lenços entregues pelo Simon.

Simon então estendeu a mão para enxugar as lágrimas do rosto dela.

E justo nesse momento, Heinz estava parado junto à porta.

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