Erro que Inicia romance Capítulo 47

Grace saiu do carro rápido.

Quando estava quase fora do veículo, Heinz a segurou pela cintura fina. Os braços fortes a envolveram, e o terno a cobriu novamente.

O coração dela estremeceu. "Você não tem que ir comigo. Posso entrar e me trocar."

Heinz a fitou, descontente. "Vou junto para evitar que fiquem te olhando."

O peito dela queimava de raiva. "Ninguém verá nada com seu terno em mim."

"Chega de besteira!" Heinz disse com voz forte: "Depressa".

Ele a agarrou pelo pulso e puxou-a para dentro da loja.

Grace nunca tinha caminhado tão rápido, como se houvesse um lobo correndo atrás dela.

"Bem-vindos. Senhorita, as roupas estão prontas no provador", a vendedora os cumprimentou,

e os levou até o local.

Grace entrou.

Heinz a seguiu.

Ela ficou atordoada e irritada na mesma hora. "Por que está me seguindo?"

"Para te ajudar a trocar de roupa." Heinz respondeu.

"Por favor, cuide da sua imagem, Sr. Jones."

Heinz tirou o terno que cobria a cintura de Grace e tirou uma parte da camisa dela. "Então pare de falar bobagem. Troque logo de roupa."

"Sr. Jones, você é muito desavergonhado." Ela estava com receio de chorar.

O homem arrancou a camisa dela e Grace sentiu um arrepio percorrer o corpo. Logo se abraçou para disfarçar o constrangimento.

"Grace, tenha cuidado, tenho uma queda por você." Heinz disse de maneira autoritária: "Você será minha mulher mais cedo ou mais tarde. Não vou apenas ver todas as partes do seu corpo, mas também vou tocar".

Grace ficou ansiosa e olhou para ele. "Sua mulher?"

Também tinha ficado chocada. Como ele podia dizer aquilo?

Havia seriedade nos olhos dele. "Não tenho experiência nisso. Isso é tudo que sei, mas tenho meu próprio estilo."

Grace ficou chocada de novo.

Voltou a si e disse com tristeza nos olhos: "Eu sou casada, Sr. Jones. É verdade".

"Você ainda está falando isso?" Heinz franziu a testa e a encarou, descontente. "Não sou digno o bastante para você?"

Os olhos dela piscaram e o fitaram. Ela abaixou a cabeça e a balançou novamente. Sorriu, amarga. "Eu que não sou digna de você."

Heinz estreitou os olhos, encarou Grace por um momento e, de repente, balançou os braços, virou-se e saiu.

Grace se encostou na porta do provador, sozinha. Por algum motivo, seus olhos lacrimejavam.

Trocou de roupa rápido e arrumou suas coisas. Não pretendia devolver o terno a Heinz porque precisava do DNA dele.

Depois de sair, não o encontrou mais, nem Lester.

A vendedora se aproximou com entusiasmo e lhe disse: "Combina muito com você".

"Obrigada, quanto ficou tudo?", Grace perguntou.

"O cavalheiro já pagou as roupas, então você não precisa se preocupar." A vendedora sorriu.

Grace ficou pasma. Comprimiu os lábios e saiu depois de expressar agradecimento.

Pegou o terno e foi direto para o hospital.

Mas, ao chegar, ouviu a seguinte informação: "Senhorita, é difícil encontrar uma boa amostra de DNA no terno. Não tem algo melhor?".

"Esse casaco não serve?" Grace ainda não tinha desistido.

"Receio que não haverá uma amostra de DNA útil nele." A enfermeira lhe disse.

"E cabelo?" Grace perguntou.

"Cabelo, sim." A enfermeira respondeu, paciente.

Grace saiu do hospital com suas roupas e o terno de Heinz nas mãos. Ficou na calçada e observou a rua movimentada. Sob o sol forte, seus olhos ficaram um pouco vermelhos de dor.

Hesitou um pouco e pegou o ônibus para voltar para casa.

Naquele dia, não foi trabalhar.

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