Escolha Forçada, Ganho Inesperado romance Capítulo 2

Emanuela respondeu docilmente: “Assim, não preciso comprar uma bolsa nova.”

Adriana fez uma careta de desdém; ela detestava a postura submissa de Emanuela, era como tentar golpear o vento, sem encontrar resistência.

Ao sair do campo de visão da Sra. Almeida, Adriana mudou a expressão e falou com voz cortante: “Se você ousar disputar o Fabiano comigo, vai se arrepender amargamente!”

Emanuela olhou para ela como se visse uma tola. “Não vou disputar o Fabiano com você. Só você acha que ele é um bom homem.”

Na vida anterior, Emanuela não achava Fabiano inferior a Celso; Fabiano havia construído tudo do zero, e homens assim pareciam ter mais determinação e responsabilidade. No entanto, ela se esqueceu de que homens assim também podiam ser ainda mais cruéis.

Adriana cruzou os braços, com um ar altivo. “Não precisa difamar o Fabiano na minha frente. Tenho olhos e sei julgar! Fabiano é um homem muito gentil. Quando eu casar com ele, vai me tratar como uma rainha. Nem vai querer que eu pegue uma bebida gelada no verão, com medo de que eu machuque as mãos.”

Emanuela escutou, sem refutar. Adriana realmente tinha se transformado em uma tola, mimada pela família Almeida. Mesmo se contasse que Fabiano não era um bom partido, Adriana não acreditaria.

Ah, errado. Fabiano podia ser cruel e frio com ela, mas diante de sua musa secreta, era surpreendentemente humilde e devoto.

Quando a musa elogiava a caligrafia de Emanuela, Fabiano ordenava que Emanuela copiasse livros sem parar, sem se importar se suas mãos ficavam feridas, se os olhos quase cegavam ou se o corpo definhava.

Fora de casa, Fabiano fingia ser o marido perfeito, não deixava Emanuela sequer pegar uma bebida gelada, sob o pretexto de proteger suas mãos — para que pudesse copiar livros para a musa.

Na noite de núpcias, Fabiano não estava no quarto matrimonial, mas sim com a musa. Emanuela era apenas uma fachada para suas traições.

Assim como Adriana, Emanuela jamais consumou o casamento com o marido até morrer. Mas ela não se importava com isso; só queria viver bem. Contudo, nem esse pequeno desejo conseguiu realizar.

Por isso, ela realmente não compreendia Adriana. Se ela não queria aproveitar a boa vida na família Pinto, então que deixasse para Emanuela viver desta vez!

Adriana, que não comprou uma bolsa ontem, escolheu uma bolsa Hermes verde no closet e deu para Emanuela, como se estivesse dando esmolas a um animal.

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