Esposa grávida do CEO romance Capítulo 14

A proposta me causa desconforto. Mas o que me causa ainda mais desconforto é que ele me pergunte com tanta naturalidade. Será que ele realmente acredita que vou entregar meu filho? Será que ele acredita que vou vender o bebê que me custou tanto ter? Meus instintos protetores me incitam a expulsá-lo do quarto a pontapés. Mas, ao lembrar que ele é meu chefe e pai do meu filho, decido suspirar fundo e deixar as coisas fluírem sem que me afetem muito.

- Eu não farei isso - digo com convicção.

- Não se negue. Ainda não mostrei o cheque. Um cheque com vários zeros que a beneficiarão - comenta Alessandro, e eu nego.

- Acho que você não está entendendo. Eu não estou interessada em vender meu filho. Talvez você pense que é o único que deseja ter um bebê, mas não é assim. Tenho plena consciência de que pode parecer um pouco descarado dizer isso, ainda mais depois de ter roubado de você.

>> Mas, devo ressaltar. Para ter essa gravidez, recorri a medidas extremas, como roubar o esperma de um estranho. Se você perceber o que estou dizendo, entenderá o quão desesperada estou. Portanto, saberá muito bem que esse bebê é muito precioso para mim.

- Também é para mim.

- Não vou duvidar disso, e é por isso que peço que se coloque no meu lugar e entenda que assim como você quer esse bebê para você, eu também o quero para mim. Foi por isso que me inseminei, porque não queria nenhum homem ao meu lado sendo um fardo ou um incômodo - digo firmemente.

- Eu sou um fardo ou um incômodo?

- Neste momento, é um incômodo - digo irritada.

- Nossa, como você é ingrata. Te tirei de um apartamento em chamas e agora você me diz que sou um incômodo - ele reclama.

- Agradeço por ter me ajudado. Mas quando digo que você é um incômodo, me refiro ao fato de que você não busca uma maneira de chegarmos a um acordo para termos o bebê juntos, mas sim quer tirá-lo de mim imediatamente - digo irritada.

- Isso é o que eu quero. Assim como você não quer ter um homem ao seu lado e ter seu filho sozinha, eu quero o mesmo. Então, isso não está em discussão. Pense em um preço e eu te darei, se você quiser um cargo fixo na empresa, eu concederei. Mas o que não estou disposto a aceitar é compartilhar a custódia do bebê ou permitir que você fique com ele - ele diz com convicção.

- Também não permitirei que você leve meu filho.

- Você não vai querer brigar comigo. Você não ganharia e isso só vai gastar energia e causar decepções - ele me adverte.

- Talvez eu ganhe em dinheiro, mas esse não é o único método. Se for o caso, recorrerei ao aspecto legal ou público. Mas nunca vou permitir que você me roube meu filho - digo séria.

- Então, agora entendo. Você fez tudo isso para que eu aceitasse me casar com você. Por isso, não quer aceitar me dar o bebê. Quer me ameaçar com a criança - ele diz sorrindo como se entendesse algo que realmente não entendo.

- Do que você está falando?

- Já conheço as mulheres do seu tipo. Com certeza, você sabia dos meus problemas com Yocelyn. Também deve ter sabido que eu estava indo para a minha consulta de fertilidade e, claramente, está a par do meu divórcio, porque sabia da minha agenda e como é a minha vida privada - ele diz sorrindo.

>> Por isso, você fez sua jogada e realmente é muito boa nisso. Porque nem mesmo meu pai sabe sobre a amostra de esperma. Como você descobriu tudo? Sua amiga ginecologista te deu a informação ou você agiu sozinha? - pergunta com evidente irritação.

- Você acha que o mundo gira ao seu redor, senhor Delacroix? - pergunto séria.

- Talvez não gire ao meu redor, mas tenho certeza de que seu objetivo sou eu. Por isso, você fez tudo isso, para me deixar de mãos atadas e depois impor suas condições para me dar meu filho - diz enfatizando a parte em que menciona que é seu filho.

- Ter tantas mulheres que só querem se deitar com você enquanto você dá dinheiro, turvou seu julgamento - comento indignada - Não, senhor Delacroix, você não é meu tipo de homem ideal e mesmo que fosse, não recorreria a esse tipo de táticas vis para chamar sua atenção.