Esposos Mentirosos, Amor Verdadeiro romance Capítulo 62

"Como você pode dizer que ela morreu sem nem ter visto o corpo? Em vez de procurar por ela, você vem aqui fazer escândalo até altas horas?" A governanta encarava Carlos Silveira com os olhos arregalados, a irritação crescendo a cada segundo. Ela apontava o dedo para Carlos, pressionando-o cada vez mais: "Quem te disse que a esposa havia morrido, hein?"

Carlos Silveira gaguejava, sem conseguir responder, perdendo completamente a postura que tinha antes.

Ele não podia dizer, não podia simplesmente falar: foi minha filha mais velha quem me disse que Isis foi morta pelo Rafael, e então eu bebi meio garrafa de cachaça e vim aqui fazer escândalo! Apesar de ser a verdade, ele não podia dizer isso!

A voz da governanta se elevava: "Você não precisa dizer, eu já sei. Com certeza foi Ronaldo Mendes."

Ela estava tão furiosa que nem usou formalidades, chamando-o pelo nome.

"Ronaldo Mendes e sua filha mais velha estão envolvidos em coisas obscuras, eles planejam pelas costas e você vem aqui fazer o barulho. Quantas vezes você veio fazer confusão nos últimos dias? Não foi sempre manipulado por eles? O jovem mestre, considerando seu genuíno carinho pela senhora mais nova, não quis se rebaixar ao seu nível, mas não abuse da única consideração que resta..."

Nos últimos dias, Zara também estava segurando sua raiva, e hoje finalmente encontrou uma válvula de escape para desabafar.

"Eu vou te acompanhar até a saída."

Isis Silveira pegou uma mala com uma mão e empurrava Carlos Silveira para fora com a outra.

"Pare," Rafael Mendes, que havia ficado em silêncio por um bom tempo, falou.

E assim, os dois pararam.

Ele disse para Isis Silveira: "Você não tem permissão para sair desta mansão, não pense em ir a lugar algum. Você quase foi enganada." Após falar, ele saiu levando Maurício e Carlos Silveira.

Os seguranças ainda rondavam a porta, então fugir secretamente estava fora de questão.

Isis Silveira ficou parada na sala de estar por um longo tempo, eles não voltaram, provavelmente não poderiam voltar. Sua tensão finalmente diminuiu, e foi só então que ela percebeu que estava coberta de suor.

O suor deixava suas roupas molhadas e desconfortavelmente grudadas ao corpo.

Isis Silveira trancou a porta da frente, então foi tomar um banho quente, lavando o suor. As espinhas em seu rosto foram facilmente lavadas com a água quente, mas a tinta preta não saía.

Era uma pintura especial que só podia ser removida com um solvente específico.