O motorista rapidamente saiu do carro e ajudou a mulher que desmaiara na frente do veículo. Foi só então que ele percebeu que ela estava segurando uma urna funerária.
Que azar...
O motorista tentou tirar a urna de suas mãos, sem sucesso. Seu olhar hesitante e trêmulo se voltou para o homem sentado ao lado:
- Presidente Souza, isso...
O homem olhou friamente para a urna que a mulher segurava no peito e disse com calma:
- Vá dirigir.
O motorista voltou ao volante apressadamente e deu partida no carro novamente.
A chuva intensificava-se do lado de fora da janela. O céu estava cada vez mais escuro.
O feixe de luz dentro do carro era fraco. Lucas Souza baixou os olhos para a mulher ao seu lado. Seus cabelos longos e pretos estavam molhados, grudados em seu rosto pálido. Havia uma longa cicatriz em seu braço alvo, sangue escorria lentamente. Era uma figura desolada e cativante.
Parecia que ela não tinha feito isso de propósito.
O asfalto estava escorregadio na noite chuvosa, e a névoa estava pesada. Após uma curva brusca, o corpo da mulher delicada foi jogado sobre a perna do homem.
Lucas franziu a testa e abaixou a cabeça...
Sua face ficou subitamente mais fria.
- Eu deveria mandar você para a autoescola de novo?
O motorista olhou para o espelho retrovisor assustado, se sentindo extremamente embaraçado, depois riu nervosamente:
- Presidente Souza, me desculpe, desculpe mesmo! A chuva está muito forte hoje.
Indiferente, a mão forte e definida de Lucas moveu o corpo da mulher para o lado.
Ela continuava com os olhos fechados, sem sinais de que iria acordar.
Lucas olhou para os lábios pálidos e macios da mulher, e seus olhos escuros se estreitaram.
...
No hospital, quando Rita acordou, viu uma figura feminina oscilante em sua visão turva.
- Rita! Você acordou! Me assustou!
Essa... Era a sua colega de universidade e melhor amiga, Diana Barbosa?
Rita murmurou fracamente com lábios ressecados:
- Dianinha? O que... O que você está fazendo aqui?
Nesse momento, Rita tocou no peito e percebeu que a urna de seu pai havia desaparecido. Ela lutou para se levantar, perguntando exausperada:
- Dianinha, você viu a urna do meu pai?
Diana rapidamente a ajudou a se levantar e disse:
- Está aqui, não se perdeu, relaxa. Não se levante, o médico disse que você está muito fraca agora.
Diana entregou a urna a ela, e Rita a agarrou como se fosse um tesouro enorme, usando toda a sua força para abraçá-la.
Depois que Diana soube o que havia acontecido com a família de Rita, ela repreendeu aquela dupla desprezível de madrasta e sua filha por um bom tempo. Depois, abraçou-a com força, demonstrando simpatia:
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