Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 198

A expressão de medo que tomou conta do rosto dele marcou profundamente Teodoro Farnese, que se comoveu com a situação do menino à sua frente. Arrancado de sua mãe, esquecido pelo pai, menosprezado pela madrasta e ainda por cima tendo que encarar uma Eunice que parecia ter colocado uma mira nele, viver em uma família de posses definitivamente tinha seus desafios.

"Olha, se você não quer falar, não precisa. Mas e aí, quando você deixar o hospital, o que vai fazer? Você saiu fugido sozinho?"

"Eu fui sequestrado..." - Amado hesitou antes de desenrolar toda a história. Teodoro Farnese se encolheu ao ouvir: "Nunca mais vou te chamar de moleque safado, você é um verdadeiro lobo selvagem! Com essa calma, até eu fico arrepiado!"

"Você está se aproveitando do menino, é?" - Oziel entrou no quarto já largando essa pergunta: "Como assim já está se autoproclamando padrinho dele?"

Teodoro Farnese revirou os olhos: "Eu até gostaria de ser seu padrinho também!"

"Não quero!" - Oziel respondeu, dando risada: "Nem pense nisso, Sr. Farnese."

"Como se eu precisasse de alguém assim. Vem cá, rapaz, dá uma olhada nas roupas novas que seu padrinho aqui adquiriu para você!"

Teodoro Farnese tinha comprado várias peças de roupa novas para Amado, que estavam sobre o sofá ao lado. O quarto de hospital deles era amplo, e Oziel, ao entrar, arrastou com o pé uma mesa dobrável que estava atrás da porta, trazendo um montão de comida para viagem.

"Puxa, Oziel, que figura você é, hein? Pediu o quê?"

"Comida típica do nordeste." - Oziel sorriu: "Bem temperada, consegue aguentar?"

Oziel era mais novo e tinha um modo mais suave. Amado o via como um irmão mais velho, sempre disposto a ajudar e com um coração grande.

"Com certeza!" - Amado disse, todo animado: "Obrigado, irmão Oziel!"

Teodoro Farnese levou a mão ao peito: "Como assim? Você me chama de tio, mas ele de irmão? Só temos dois anos de diferença."