Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 284

Naquela noite, Celso chamou Noe Serpa para jogar pôquer em sua casa, com Teodoro Farnese, Dionísio e outros herdeiros conhecidos da alta sociedade do Rio.

Em meio a nuvens de fumaça, com as intenções de todos ocultas, Celso foi o primeiro a falar: "Ouvi dizer que você investiu naquele negócio da Inês?"

Noe Serpa olhou para suas cartas e apostou mil reais: "Pago".

Só então ele respondeu o Celso: "Sim".

"Você está nadando em dinheiro?" - Celso sorriu com os olhos semicerrados, também olhou para suas cartas e decidiu ir embora: "Vou parar, hoje não dá."

"O gerente Freitas veio aqui só para doar dinheiro para nós, aparentemente."

Teodoro Farnese, com um cigarro pendurado na boca, agradeceu ao Celso com um gesto irônico: "Valeu."

"Você que está se dando bem, mas roda gigante da fortuna sempre gira" - disse Silvano, batendo na mesa: "Vamos lá, é a vez do Xavier Serrano."

Xavier Serrano nem olhou para suas cartas e continuou a aumentar a aposta, jogando quinhentos reais na mesa: "Coberto".

"Corajoso". Quando chegou a vez de Teodoro Farnese, ele seguiu a aposta de Noe Serpa e jogou dois mil reais: "Vamos lá".

"A aposta está subindo!" - Silvano xingou: "Droga, estou um pouco abalado. Xavier, me dê um cigarro para que eu possa me acalmar."

"É melhor você tomar uma cerveja para relaxar" - disse Xavier Serrano com um sorriso malicioso, passando um cigarro enrolado à mão para sua aparência impecável. Esse grupo era conhecido no Rio por ser herdeiro de famílias ricas. Apesar da linhagem, todos eles tinham uma presença charmosa e despreocupada. Ele bateu as fichas na mesa com um som rítmico: "Se você ficar sem dinheiro, eu empresto para você".

"Vá para o inferno."

Silvano cerrou os dentes: "Eu pago, dois mil!"

Noe Serpa suspirou: "Subindo tanto assim? Melhor eu sair fora." - E com isso, ele jogou suas cartas na mesa, revelando um par de três.

"Sem vergonha! Bufando!" - Silvano e Teodoro Farnese engasgaram com o riso enquanto praguejavam: "Pensei que você estivesse seguro de si, só veio para fazer uma cena".

A pilha de fichas no centro da mesa já estava em torno de vinte mil. Depois de várias rodadas, muitos desistiram, achando que suas cartas não aguentariam por muito tempo, basicamente doando dinheiro para os outros jogadores.

Teodoro Farnese, com seu olhar confiante, quase cegou Silvano com seu olhar. Celso, que já havia saído, disse a Silvano: "Acho que Teodoro fez uma aposta de três".

"Quem não está?" - Silvano olhou para suas cartas e murmurou: "Vou tentar, de bicicleta para motocicleta!"

"Com quem você aprendeu isso?" - Celso riu tanto que começou a tossir, exalando mais fumaça.

Silvano disse ao lado dele: "Claro que foi com o rei da tagarelice, Noe Serpa".

Quando Noe Serpa foi mencionado, ele apontou para si mesmo: "Eu? Eu não tenho esse tipo de rosto".

"Vá se foder!" - Silvano xingou: "Xavier Serrano ainda está coberto? Vamos lá, olhe para seus cartões! Pare de brincar!"

Xavier Serrano sorriu maliciosamente e espalhou suas cartas na mesa: "Desculpe, mas tenho uma trinca de reis..."

"Mas que droga!"

Teodoro Farnese estava prestes a virar o jogo: "Você trapaceou?"

"Perder e acusar o outro de trapaça é fácil." - Xavier Serrano puxou a pilha de fichas para si: "Ao todo, cerca de vinte mil, obrigado por sua contribuição para a farra".

"Isso é o fim." - Teodoro Farnese desceu do palco e se juntou a Silvano, resmungando: "Em meia hora, só eu dei nove mil para a festa dele".

"Que ele se divirta até não poder mais."

Silvano riu e, abraçando Celso, provocou Teodoro Farnese: "Você achou que era o mais esperto, né? Mas quem diria, no fim das contas apareceu um azarão!"

Teodoro Farnese ficou surpreso e Noe Serpa também. A piada de Silvano, embora inocente, soou diferente para eles.

Os dois homens, como se estivessem lendo seus pensamentos, olharam abruptamente um para o outro, encontrando exatamente a mesma expressão.

No final da competição, um azarão havia surgido.

Mas quem seria esse azarão?