Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 363

Ele não fazia ideia de que, ao chegar na porta do quarto de hospital de Inês naquele momento, ouviria notícias tão impactantes. Mas quando as palavras de Teodoro Farnese chegaram aos ouvidos de Noe, seu coração começou a contar os segundos, a respiração acelerou e todo o seu corpo parecia entorpecido, como se tivesse sido drenado de sangue.

Ao se virar, a silhueta do homem alto atravessou o corredor do hospital sozinho. Com passos cada vez mais largos, ele chegou à entrada do elevador, por onde Dorival acabara de sair, e quase colidiu com Noe, que vinha apressado em sua direção.

Dorival deu dois passos para trás: "Desculpe, Sr. Serpa, encontramos uma maneira de aliviar a pressão na memória da Sra. Guedes..."

Noe parou por um momento, com os olhos levemente avermelhados; virou-se e disse a Dorival: "Me dê os papéis".

"O senhor... Não vai visitá-la em seu quarto?"

Ele havia saído da reunião com tanta pressa para ver Inês, e agora queria voltar sem nem mesmo subir as escadas.

Noe não respondeu, e Dorival entrou no elevador atrás dele, confuso, mas não fez mais perguntas.

Pela expressão do rosto de Noe, ele entendeu. Ele estava reprimindo algo, segurando pensamentos que não podiam ser expressos.

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Teodoro Farnese estava atônito.

A boca aberta, sem conseguir fechá-la.

Inês pediu desculpas a Teodoro Farnese de forma muito séria e, em seguida, com uma expressão inocente, disse: "Como eu não consigo me lembrar do senhor, temo que não posso aceitar sua declaração."

Era uma desculpa perfeita, universal, que resolvia tudo! Bastava dizer "não lembro" - e estava tudo resolvido!

Ela realmente sabia como se livrar de responsabilidades!

Teodoro Farnese agarrou a mão de Inês, que tinha marcas de agulha, e suavizou o aperto. Ele apontou para si mesmo com a outra mão: "Olhe para mim".

Inês assentiu com a cabeça.

"Não!" - Teodoro Farnese estava ansioso. Como ele poderia fazer com que Inês se lembrasse? Se ela se lembrasse das coisas ruins que ele havia feito, todos os seus esforços teriam sido em vão!

"Não tem problema se você não se lembrar."

Teodoro Farnese estava desesperado: "É só uma perda de memória, você ainda é você mesma, completa. Não precisa se forçar a lembrar do passado."

"É mesmo?" - Inês murmurou, olhando desfocada para fora da janela: "Mas sinto que esqueci algo muito importante, algo que preciso lembrar..."

Algo que precisava lembrar, alguém que morava nas sombras do seu passado, chamando-a com uma voz turva e distante: "Inês, acorde, vou compensar tudo para você..."

Quem seria, tentando inutilmente arrastá-la do abismo... Inês não conseguia se lembrar. Ela balançou a cabeça, pressionando as têmporas juntas: "Até que eu me lembre do meu passado, não posso aceitar ninguém de forma irresponsável."

Ela sorriu, ainda a Inês fria e distante de antigamente, com seus próprios princípios e razão inabaláveis. Teodoro Farnese conhecia bem a força dela e, olhando para seu rosto por um longo tempo, sorriu amargamente e suspirou: "Tudo bem".