Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 410

O garotinho ficou ali parado, como se não quisesse aceitar nada do que Noe oferecia. Ele apertou os lábios e, depois de um longo tempo, murmurou com suavidade: "Manda embora o pessoal."

Noe olhou para o rosto de Amado, sem esperar que ele fizesse tal escolha. Pensava que, com sinceridade suficiente, compensando tudo que faltara à mãe e ao filho, poderia ganhar ao menos algum perdão.

Mas não ganhou.

Amado recusou a compensação e, toda vez que Noe tentava se aproximar, eles recuavam duas vezes mais.

O clima ficou tenso.

Amado permaneceu firme em sua decisão, não precisava que Noe fizesse nada para agradá-los, bastava ter Inês ao seu lado.

Então Dorival, que não aguentava mais ver aquilo, tentou amenizar a situação: "Rapaz, o senhor Serpa não quis dizer nada com isso. Você acabou de comemorar dois aniversários, que tal ele te ajudar a comemorar esse, e no próximo você comemora só com a sua mãe?".

Dorival falou com humildade, e Amado olhou para ele e disse baixinho: "Está bem..."

Ele pegou a mão de Inês e sorriu para ela: "Mãe, não se esqueça de comprar outro bolo de aniversário para mim mais tarde, ok?".

Inês apertou o nariz e respondeu: "Claro, mamãe promete".

Depois de muita conversa, Amado finalmente seguiu os garçons até um luxuoso salão que Noe havia escolhido com muito cuidado. Em homenagem ao aniversário de Amado, os garçons se vestiram para a ocasião como a realeza europeia, e o salão estava decorado como um grande castelo, com presentes embrulhados em seda e árvores de Natal brilhantes por toda parte.

A decoração e os interiores devem ter levado bastante tempo para serem preparados.

Noe, observando de longe, viu apenas eles, como se ninguém mais estivesse lá, e sentiu um aperto no coração.

Ele havia se esforçado tanto para preparar a festa de aniversário, escolhendo pessoalmente todos os presentes e decorações. Por que Amado mal tinha olhado para eles?

Não havia nem um pingo de alegria em seus olhos, tão frios e distantes, como se tudo o que Noe tivesse feito fosse inútil.

Nesse momento, uma sensação avassaladora de impotência o consumiu. Percebeu que tentar se redimir e agradar após um erro é uma tarefa muito difícil.

O garçom entrou, trazendo para Amado uma pequena capa vermelha e uma coroa. O menino ficou paralisado e, quando se deu conta, o garçom já havia colocado a capa nele, alisado seu cabelo e colocado a coroa de ouro puro, cravejada de diamantes de verdade, em sua cabeça.