Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 497

Naquela época, o que ele viu nos olhos de Inês?

Viu a dor, viu a incompreensão. Ela não entendia por que Noe a tratava daquela forma, e menos ainda compreendia a si mesma... ela apenas o amava, por que deveria suportar tantos insultos?

Até o chaveiro que ela havia personalizado... acabou tendo um destino tão triste.

Noe não sabia, mas naquela noite Inês foi atrás dele, que ela pulou na piscina durante a noite, seu corpo sendo imerso instantaneamente na água fria.

Tremendo, mas sem desistir, ela procurou freneticamente por aqueles dois chaveiros, como se encontrar-los lhe desse a força para continuar...Noe não podia imaginar o quanto Inês havia suportado o frio e a desolação enquanto buscava as duas pequenas chaves no lago artificial. O processo deve ter sido torturante, quantas vezes ela deve ter se desesperado?

Passando por lembranças dolorosas, esses chaveiros agora estavam na palma da mão de Noe, desgastados pelo tempo, mas ainda juntos, com um coração intacto balançando levemente embaixo deles.Noe nunca soube que Inês realmente havia encontrado o par de chaves e o guardou consigo por tantos anos.

Depois de encontrá-las, ela silenciosamente as pegou de volta, sem contar para Noe que as havia encontrado, talvez com medo de que ele as jogasse fora novamente.

Noe olhava para o chaveiro e de repente sentia um nó na garganta.

Aquelas memórias que ele havia descartado com suas próprias mãos, agora se tornavam a ferramenta que o torturava. Percebeu que a vida cotidiana fragmentada do passado escondia tantos pequenos momentos de convivência, mas ele... nunca havia pensado em valorizá-los.

Teodoro Farnese percebeu Noe olhando fixamente para o chaveiro e depois viu o homem colocá-lo no bolso, como se fosse o próprio dono, guardando-o consigo.

"Você..." Teodoro Farnese não esperava ver Noe agir assim, "Você encontrou um chaveiro na rua e simplesmente o tomou para si?"