Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 554

Como isso pode acontecer?

"Bem, essa era a mãe do querido Amado."

Inês sabia que, durante o tumulto, Kátia estava observando de lado. Ela estava com medo, mas não ousava falar, só podia observar a confusão e se esconder nas sombras, tremendo.

"A orelha do querido Amado está bem?"

Kátia disse com muito cuidado, temendo perturbar Inês: "Ele... sangrou muito."

Os olhos de Inês se encheram de lágrimas enquanto ela segurava a sopa que Kátia lhe trouxera naquela noite, forçando um sorriso: "Não se preocupe, eu confio em Oziel e seus amigos."

"Espero que o querido não tenha problemas." - Era raro para Kátia encontrar alguém que tratasse ela bem, ou melhor, que não a rejeitasse e lhe desse um sorriso. Ela se sentia aquecida por dentro. As crianças não entendem muitas coisas, mas sabem do mais simples.

Quem for bom para ela, ela será boa para ele.

Kátia se aproximou e tocou a testa de Inês: "Irmã, não se preocupe, vou dar meu ouvido ao querido, ele certamente vai melhorar."

As lágrimas de Inês escorreram livremente, até Noe ficou surpreso. A voz infantil de Kátia, sem a inteligência ou a sensibilidade emocional de Amado, foi a mais simples e até ingênua das palavras, mas fez com que os dois adultos se sentissem amargurados por dentro.

"Diga ao Amado que agradeço."

Inês se acalmou um pouco: "Coma algo, você está muito magra."

Ao ouvir as palavras de Kátia, Inês ficou em silêncio por um longo tempo, até que finalmente disse: "Tudo bem."

Mais tarde, Kátia acompanhou Inês na sopa preparada por Zora, e Noe a levou para fora. Depois, do lado de fora do hospital, ele se agachou e disse a ela: "Da próxima vez que o papai trouxer sopa, você vai ajudar a mim e à irmã Inês a comê-la, certo?"

"Sim!" - Noe estava finalmente disposto a olhar para Kátia de verdade. Desde que ele a tivesse em seu olhar, a pequena Kátia faria o que fosse preciso. Seu pai finalmente não a odiava mais.

Depois de se despedir de Noe, Kátia foi ao quarto da matriarca com o coração cheio de alegria. Antes mesmo de entrar, Acelina a agarrou e bateu sua cabeça contra a parede: "Você estava comendo com a Inês agora há pouco? Seu ingrato! Coração de lobo, pulmões de cachorro!"

Kátia queria gritar, mas sua voz parou no meio do caminho. Se ela gritasse, seria espancada ainda mais por sua própria mãe. Era como acordar de um sonho, arrastada para a realidade fria e cruel, com sua mãe em uma cadeira de rodas, arrancando os cabelos. As lágrimas de Kátia cobriram imediatamente seu rosto.