Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 602

Valentim levou dois dias para acordar de um sono profundo, e logo tratou de esclarecer todos os boatos que circulavam sobre o Sr. Menezes e as pessoas cujo paradeiro era desconhecido, trazendo à tona até mesmo aqueles que trabalhavam para Agueda, resultando em grandes perdas para seus subordinados.

Gabrielo ainda estava no hospital, sob observação, e Valentim não havia recuperado completamente a mobilidade das pernas. Noe veio visitá-lo e discutiu um plano a respeito de Agueda. Fora isso, manteve uma expressão de indiferença durante toda a visita, como se Valentim tivesse apenas essa utilidade para ele.

JUNGLE e a família Serpa sempre cooperaram entre si, mas apenas até certo ponto. Agora, a influência de JUNGLE se dividia em dois grupos: um seguindo Agueda e o outro leal a Valentim. Aparentemente, ainda havia uma coexistência pacífica entre os dois, mas, se Valentim quisesse retomar completamente o controle sobre JUNGLE, precisaria da ajuda de Noe.

Após a conversa, Noe se levantou com uma postura elegante e cortês, ainda o mesmo herdeiro da rica família de Cidade Mar. Com um tom grave, agradeceu a Valentim, "Obrigado pela intervenção do Sr. Menezes."

"Noe."

Ao ver Noe se virar para sair, Valentim não conseguiu se conter e chamou seu nome.

Noe se virou, encontrando o olhar de Valentim. Seus olhos se estreitaram levemente. "Sr. Menezes, há algo mais?"

Valentim hesitou, mas finalmente falou, "Noe, sobre Amado, você..."

Ele queria saber se Noe levaria Amado de volta para a família Serpa, considerando que JUNGLE ainda não havia sido completamente "limpa". Incerto se Noe permitiria que seu filho retornasse a uma organização criminosa.

No entanto, Noe respondeu com indiferença, "Depende dele."

Se Amado quisesse voltar, ele seria bem-vindo; se quisesse se aventurar em JUNGLE, teria seu apoio.

Independentemente de sua escolha, Noe não o impediria.

Ao ver Noe se afastar, Valentim sentiu que talvez o homem carregasse dores que muitos não poderiam compreender.

Quando Noe deixou o quarto, Valentim ficou sentado na cama, mergulhado num silêncio sepulcral.

Noe não forneceu uma resposta ao partir, mas suas ações já haviam declarado tudo: ele amava Inês profundamente, mas esse amor já não tinha mais o direito de ser expresso em palavras.

Ao voltar para sua mansão privada, Dorival Zamith veio informá-lo, "Sr. Serpa, recentemente alguém... se aproximou da Villa Inverno Amargo."

Villa Inverno Amargo, onde Elvira Ulhoa e Acelina estavam confinadas.

Noe estreitou os olhos, um brilho agudo passando por eles. "Veja quem é. Não permita que ninguém se aproxime e proíba Acelina e as outras de fazerem qualquer contato externo."

Aquilo era uma prisão natural, cortando todas as comunicações e mantendo-as isoladas ali, uma punição que Noe impôs a elas e a si mesmo.