Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 681

O ar foi roubado dela naquele momento, e as sensações familiares começaram a voltar ao corpo de Inês, pouco a pouco. Ela parecia ver, através daqueles olhos, o Noe de outrora, com uma aura perigosa e profunda como a noite, semelhante ao líder de uma alcateia sob a lua crescente, pronto para devorar sua carne.

Mas... o homem à sua frente não era aquele Noe.

Inês o empurrou levemente, e percebendo seu movimento, Noe abruptamente parou.

Quando ele levantou a cabeça, ainda havia um vestígio de desejo em seus olhos, que logo se suavizou ao dar um leve beijo no canto da boca de Inês. "Mais paixão, por favor? Deixe-me ajudá-la. Não vou machucá-la."

"Não posso..." As barreiras de frieza e força de Inês se quebraram naquele momento. "Sr. Noite, por favor, coloque um pouco de água fria para mim..."

Ele respeitou sua escolha.

Noe passou a mão pelos cabelos, puxando-os para trás, revelando seu rosto marcante e suspirou ao se levantar. "Você deve ser um teste enviado por Deus para mim, Dawn."

Ele chamou seu nome em inglês. Inês balançou a cabeça, mordendo o lábio. "Desculpe. Você veio me salvar, e eu..."

"Você não tem nada pelo que se desculpar." Noe sorriu maliciosamente, virando-se para preparar a água. "Eu é que não deveria ter invadido seu espaço assim, você é uma garota de princípios."

Inês se encolheu, sentindo ainda os resquícios daqueles toques viciantes e irresistíveis em sua pele. Ela apertou o próprio braço, tentando manter a clareza de pensamento.

"Relaxe, querida." Noe ajustou a temperatura da água e então se aproximou dela, que estava desconfortável na cama. "Aguente só um pouco, agora preciso te carregar para o banheiro. Você se importa?"

As lágrimas quentes brotaram dos olhos de Inês perante a gentileza desse estranho Noe.

Ela agarrou a roupa sobre o peito, como se estivesse segurando seu próprio coração, entre a dor, gratidão e memórias que a levavam à beira do abismo, esmagando seu espírito.

"Não... me importo..."

"Certo."

Noe se levantou. "Então vou deixá-la sozinha. Se sentir que o efeito dos medicamentos passou, é só me avisar. Deixei meu número no criado-mudo. Vou dar uma saída."

Ele ia sair?

Mas Inês mal teve tempo de pensar em outra coisa, apenas viu aquela figura alta se afastar. Ele parecia não ter nenhuma intenção de invadir sua privacidade, saindo de forma decisiva.

Os elementos fervilhantes em seu sangue foram gradualmente apaziguados pela água fria. Inês ficou olhando para a porta por onde Noe saíra, perdida em pensamentos, até que uma risada baixa escapou de seus lábios, enquanto as lágrimas caíam na banheira.

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Noe retornou vinte minutos depois, acompanhado por Leoncio, que trazia um kit de primeiros socorros. Noe, por sua vez, carregava sacolas de roupas que pareciam recém-compradas, ostentando logos que indicavam seu alto valor, provavelmente adquiridas em uma corrida noturna pelas lojas.