Eu！Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 723

No começo, quando Noé teve a ruptura do rim e já não conseguia mais aguentar, um amigo meu disse que poderíamos tentar algo, mas as chances de dar certo não eram nada boas, era praticamente um risco de vida ou morte. Eu não podia simplesmente usar Noé como cobaia, mas também não podia ficar parado vendo ele morrer. Então, eu enganei todo mundo, fazendo-os acreditar que Noé havia morrido, enquanto secretamente organizava um transplante de órgão para ele. Como as chances de sobrevivência eram mínimas, eu não contei para vocês, com medo de causar mais dor...

A voz de Oziel fez uma pausa, "Depois do transplante, o corpo de Noé rejeitou o novo órgão várias vezes, e por pouco ele não nos deixou. Eu estava... preparado para o pior, pronto para me ajoelhar na porta da família Serpa e pedir desculpas se ele não sobrevivesse. Foi um milagre ele ter voltado à vida, e então descobrimos que ele havia perdido a memória. A queda daquela falésia também havia lesionado seu cérebro. Nos últimos seis meses, voei frequentemente para hospitais na Austrália para ajudá-lo na reabilitação. Ver Noé se recuperando aos poucos é um alívio recente, mas eu sempre temo quando a próxima rejeição ao órgão pode acontecer, afinal... não é o seu rim original..."

Oziel temia que Noé sobrevivesse apenas para morrer subitamente depois, o que seria um golpe ainda mais duro para os entes queridos de Noé do que se ele tivesse morrido sem possibilidade de salvação. Ele preferia esperar até que Noé estivesse completamente fora de perigo antes de revelar a verdade, para minimizar o sofrimento.

Não há nada mais doloroso do que ter esperança apenas para ser jogado de volta ao desespero.

Adão chorou, "Onde ele está agora? Ele está bem... ele ainda se lembra de mim e da mãe dele?"

Oziel também estava com os olhos marejados, "Tio, Noé tem estado bem fisicamente, mas sua memória pode estar bastante afetada, ele pode não reconhecê-lo de primeira..."

"Desde que ele esteja vivo, está tudo bem."

Celso murmurou, "Contanto que ele tenha sobrevivido, é o que importa. Eu também posso ajudar, todos nós podemos. Juntos somos mais fortes, não é?"

Inês sentou-se ali, como se assistisse a um drama que não lhe dizia respeito.