Eu não sou fraco, Alfa romance Capítulo 107

Umayza

Certifico-me de me mover lentamente, porque não quero que Orion suspeite de nada e com certeza não quero que ele conte aos meus Companheiros. Eles são protetores comigo e ficarão piores quando nos marcarmos, não preciso que eles surtem já.

Até agora ninguém me incomodou e realmente quero ver meus Companheiros, mas também gosto de apenas sentar aqui com meu irmãozinho. Algo está em sua mente e espero que ele fale comigo sobre isso, só não sei se conseguirei tranquilizá-lo.

-Irmã, você acha que eu poderia ficar com você por um tempo? Jasper e eu queremos conhecer nossa irmã e, mesmo que me deixe nervoso, gostaria de conhecer nosso pai.- Ele finalmente diz e eu me arrasto para o colo dele para envolvê-lo com os braços, eu sei que Yade e eu queremos conhecer nosso irmãozinho também.

Quero saber o quanto somos parecidos, mesmo que tenhamos crescido sem o outro e sei que passar tempo juntos responderá a essa pergunta. -Você não precisa ficar nervoso em conhecer o pai. Ele pode não gostar de ouvir que você trabalhou para Calliope, mas saber que você me avisou a tempo fará ele esquecer disso.

Acho que o pai também ficará nervoso, ele pode até se perguntar se você o culpa por não ter sido criado comigo.- Eu respondo a ele, mas ele me tranquiliza que não culpa o pai por isso. -Nosso pai não sabia, se eu quiser culpar alguém, culparei Calliope.- Ele afirma.

Orion me pergunta por que fui condenada por agredir minha Luna e depois que conto minha história de vida preciso acalmá-lo e a Jasper. Ele acabou de se acalmar um pouco quando Conri entra e pergunta se estou pronta para receber visitas, -Seus amigos gostariam de ver com os próprios olhos que você está bem.- Ele diz.

-Tarja te deu trabalho?- Eu pergunto a ele, sabendo que ela geralmente é a que fica comigo até eu descansar e estar pronta para ir novamente. Ele apenas sorri para mim enquanto ouço a porta da frente da casa se abrir novamente e antes que Orion ou eu possamos fazer algo, Evander me pega nos braços.

-Como você está se sentindo?- Ele pergunta e novamente digo a eles que ainda me sinto cansada, mas que estou lentamente voltando ao meu eu antigo. -Esta foi muito mais difícil do que qualquer memória que já revivi e se eu nunca tiver que passar por uma assim novamente em minha vida, morrerei uma fêmea feliz.- Eu digo.

Não estou exagerando desta vez, realmente espero nunca ter que reviver uma memória assim novamente. Estou apenas feliz por ter encontrado respostas para o Conselho e para a Princesa Taliyah, só preciso garantir que o Conselho entenda que Ayden nunca soube a verdade sobre o que aconteceu naquele dia.

Yonatan me entrega um prato de comida e Evander olha do prato para Yonatan. Parece que ele não entende por que meu prato não está tão cheio como costumava ser e explico que o passado nos ensinou que às vezes meu estômago não consegue lidar com grandes quantidades de comida.

-Então, em vez de receber um prato cheio, Yonatan se certifica de que eu receba outro prato assim que tivermos certeza de que meu estômago pode lidar com isso.- Eu digo e Evander balança a cabeça antes de enterrar o nariz no meu pescoço novamente, mas ele não pode aproveitar por muito tempo, pois Conri me puxa de seus braços para me aconchegar.

-O que aconteceu depois que desmaiei?- Eu pergunto antes de cavar minha comida e por um momento fica quieto. Orion me diz que Jasper cheirou Malik quando se aproximaram das casas e que levou um tempo para convencer Evander e Mylo a segui-lo até a casa em que estamos atualmente.

-O Capitão Armand e Conri foram atrás de Orion e Evander, o resto de nós se espalhou para cercar quem estava aqui. Não sabíamos que era a maneira de Malik de avisar Orion, mas funcionou muito bem.- Callen diz. -Alexia pensou em uma maneira de chamar a atenção para ela perseguindo Theron.

Quase me engasgo com a comida imaginando como ela poderia tê-lo perseguido e quando Evander me conta o que viu pela janela, cuspo o café que tenho na boca. -Só para deixar claro, você se voluntariou para ajudar Alexia com essa distração?- Eu pergunto a Theron e ele balança a cabeça.

-Deixe-me adivinhar, nenhum deles avisou que não era uma boa ideia se tornar a vítima dela?- Eu pergunto e a expressão em seu rosto me diz tudo o que preciso saber. -Você percebe que isso será repetido para qualquer um disposto a ouvir.- Eu afirmo e Theron enterra a cabeça nas mãos enquanto geme alto.

Você disse a eles que fizeram um bom trabalho ao levá-los em segurança e que garantiria que chegassem ao Santuário.- Quanto mais eu falo, mais estranha fica a expressão no rosto dele, mas então um sorriso aparece em seu rosto e ele me diz que encontrou os filhotes a milhas de distância da Alcateia White Horn.

-Eles se depararam com um Renegado e mesmo tendo sua irmãzinha e dois recém-nascidos com ele, ele fez o seu melhor para protegê-los, eu cuidei do Renegado enquanto ele protegia os outros. Ele não me disse muito, apenas que não podia voltar para o território deles e pude perceber que ele estava dizendo a verdade.

Tenho conexões com o Santuário através do Conselho e sabia que era o melhor lugar para eles irem. Não faço ideia se o Conselho descobriu de qual Alcateia eles são, mas pensando bem, duvido que ele tenha revelado essa informação.- Explica Malik.

Malik nos conta que os levou para o Santuário e que se manteve informado sobre como eles estavam ao longo dos anos. -Só não entendo por que ele nunca disse a ninguém de qual Alcateia eles eram.- Ele diz e por um momento me pergunto se devo manter isso em segredo.

-Malik, ele nunca disse nada porque prometeu à sua mãe que os protegeria. Eles são os únicos membros restantes da Alcateia White Horn e ele tem uma obrigação com seus Alfas.- Digo e todos me olham, esperando que eu explique mais.

Não posso contar tudo a eles, mas sei que pelo menos Malik merece saber que salvou os Alfas da Alcateia White Horn. -Esses filhotes recém-nascidos são os Filhos do Alfa e da Luna da Alcateia White Horn.- Digo e ouço suspiros vindo de alguns, enquanto Malik e Conri murmuram a palavra -Merda.

Depois de explicar que não posso e não vou contar mais nada, a sala fica em silêncio, todos estão processando o que acabei de revelar e eu coloco minha cabeça no peito de Conri para ouvir seu coração. Lentamente meus olhos se fecham enquanto me concentro no batimento constante de seu coração.