Eu não sou fraco, Alfa romance Capítulo 256

P.O.V. de Ragnar

Eu não gostava de Roger quando começamos essa investigação, eu o odiei depois de ouvir o que ele fez com Tayla, comecei a detestá-lo quando descobrimos sobre seus Companheiros e agora eu simplesmente desprezo o cara.

Meu Lycan está enfurecido e é preciso tudo o que tenho para mantê-lo sob controle, Aziza sentada no meu colo ajuda tremendamente. Eu quero segurá-la pelo maior tempo possível, mas sei que nunca funcionará entre nós.

Posso entender que não seria justo pedir a ela para desistir de sua carreira por seu Companheiro, mas sei que exigirei isso do meu Companheiro, seja ele meu destinado ou escolhido.

Lentamente me liberto de seus braços e a agradeço por nos acalmar. -Vou dar uma corrida para deixar Donny extravasar um pouco.- Digo enquanto a coloco de volta na cadeira ao meu lado.

Antes que eu possa mudar de ideia, saio pela porta e vou em direção à porta dos fundos da Casa da Alcateia. Donny está furioso em minha cabeça e não é apenas por causa de Roger, ele também me odeia por ter saído de perto de Aziza.

Mal saio pela porta dos fundos quando Donny assume o controle total, ele corre até a linha das árvores rugindo e me xingando. Eu me sento no fundo de sua mente e ele deixa claro que não está satisfeito comigo.

P.O.V. de Aziza

Fico atordoada por um momento, ele simplesmente vai embora e não sei o que fazer com o que acabou de acontecer.

Vou para o meu quarto, sem saber como me sentir e por um momento quero gritar. Jenny me diz que não sabemos o que está acontecendo com Ragnar e que precisamos lembrar que estamos ligados por um Juramento.

Sei que tenho que evitar Ragnar se quiser manter minha sanidade. Vou garantir que eu seja profissional, que meu foco esteja na investigação e preciso garantir que finalmente passemos pelos Arquivos da Alcateia.

Começo a fazer uma lista de quem fará qual parte do Arquivo. Eu me uno a Kaiden, Gunnar com Ragnar e os gêmeos já são uma equipe. Os gêmeos estarão trabalhando no meio, apenas para garantir que haja uma barreira entre mim e Ragnar.

Quando termino de dividir o Arquivo, já é hora do jantar e desço rapidamente as escadas. Vejo que há um assento vago entre Gunnar e Kaiden e me sento na cadeira enquanto cumprimento os homens.

Ragnar aparece quando os últimos pratos são colocados na mesa, ele resmunga algum tipo de cumprimento antes de se sentar e fico feliz por ter acabado de levar o copo à boca.

-Amanhã quero passar pelos Arquivos da Alcateia. Não acho que encontraremos algo sobre a Família de Roger ou seus Companheiros, mas talvez encontremos evidências de outros crimes.

Ragnar, você e Gunnar ficarão do lado esquerdo. Chase, você e Hunter ficarão no meio e sinto muito Kaiden, mas você está preso comigo do lado direito.- Kaiden ri e vejo uma expressão estranha no rosto de Ragnar.

-Há muita papelada naquele Arquivo que foi jogada lá. Parece que alguém ficou na porta e simplesmente a jogou lá dentro. Pelo que parece, isso começou depois que Roger assumiu e acredito que ele fez de propósito.

Quase como se ele antecipasse uma investigação e quisesse torná-la o mais difícil possível. Pena que ninguém o avisou sobre mim.- Digo e Gunnar explode em risos.

Ela me agradece pela dica sobre seus Filhos e digo a ela que ela é mais do que bem-vinda, digo a ela que gosto de trabalhar com seus Filhos. Que ela pode se orgulhar deles e que apesar de seu comportamento travesso, eles se saíram muito bem.

A última observação a faz rir e tanto Chase quanto Hunter me encaram com olhos tão abertos quanto causadores. Nos despedimos e então eu desligo a ligação.

Hunter me puxa para um abraço enquanto Chase diz -Eu não ouço ela rir desde que papai faleceu. Obrigado, Aziza.- Eu abraço os dois e digo que foi um prazer.

P.O.V. de Ragnar

Donny ainda não está falando comigo, ele está emburrado no fundo da minha mente e parte de mim não pode culpá-lo. Aziza mexe com algo dentro de mim e não tenho certeza de quanto tempo mais posso negar isso.

Cada vez que a vejo, quero envolvê-la em meus braços e quanto mais penso nisso, mais fraca se torna minha convicção. Ouço ela rindo e conversando com meus homens e na verdade sinto ciúmes.

Sei que só eu tenho a culpa por esse ciúme que sinto, saí daquela sala sem dizer uma palavra. Sei que ela merece um Companheiro que a permitirá ser ela mesma, que a deixará escolher seu próprio caminho e pensando nisso, quero matar o homem que um dia a chamará de Sua.

Estou furioso por um homem que ela nem mesmo conheceu, não entendo de onde isso vem e agora não tenho certeza se algum dia entenderei.