Eu não sou fraco, Alfa romance Capítulo 302

Lakota

Segundo o papai, estaremos na Alcateia do Tio Chris pouco antes do almoço e mal posso esperar para vê-lo novamente, mesmo que eu não me lembre dele ou de sua Companheira. Darrius está liderando com Quinn e ambos parecem estar aproveitando a companhia um do outro, estão falando sobre explorar a área assim que chegarmos ao nosso destino.

Na noite passada, papai e eu demos uma volta pela Alcateia da Lua de Prata e ele me pediu para pensar em assumir a posição de Alfa assim que nos estabelecermos. Não tinha nada a ver com não querer a responsabilidade e tudo a ver com ele querer me manter ocupada.

Isso tiraria minha mente de tudo o que aconteceu com Lance e talvez um dia eu pudesse mostrar a ele e a seu Pai o que ele jogou fora por Jane. Tenho pensado nisso sem parar e minha maior preocupação serão os membros da nossa Alcateia, eles estarão dispostos a responder a uma fêmea.

-O que está passando pela sua cabeça, Lakota?- Lance pergunta e fico feliz que ele esteja bem ao meu lado, senão teria caído de cara no chão. Ele me estabiliza enquanto me olha com um sorriso no rosto e agradeço por ele me segurar.

-Papai me pediu para pensar em assumir o lugar dele como Alfa assim que nos estabelecermos, sei que ele quer tirar minha mente de Jace e Jane e ele foi bem-sucedido, devo dizer. Minha única preocupação é o resto da nossa Alcateia, sei que consigo lidar com tudo o mais.- Respondo.

Ele me pergunta qual é a minha preocupação e quando explico a ele, ele tem a audácia de rir, eu o acerto na cabeça e desta vez tenho que estabilizá-lo. -Lakota, todos nós vamos te seguir como Alfa. Você é uma Alfa melhor do que Jace jamais será e já mostrou a todos nós que pensa em nós antes de si mesma.

O Alfa Geofry nunca quis ver o quão forte você é, ele nunca viu a jovem inteligente que nós vimos e nunca quis ver que você se importa com os outros. O Alfa Geofry e Jace só pensam em uma pessoa e são eles mesmos, a Alcateia deles nunca será tão forte quanto a Alcateia do Sangue de Cristal.- Ele responde e por um momento não sei como responder.

Antes que possamos continuar nossa conversa, um jovem corre para fora da floresta e Lotus o reconhece como família, ela se coloca entre o Filhote e a floresta. Ela rosna para o macho que salta da floresta e ele freia bruscamente bem na frente dela, lágrimas se formam em seus olhos quando me olha.

-Você é real?- Ele pergunta e Lotus me diz que ele também é da família. Concordo com a cabeça sem palavras e permito que ele me abrace, -Nunca pensei que te veria de novo, pensei que você e seu pai ficariam escondidos para sempre. Sentimos tanto a sua falta, Pequena Licana.- Ele sussurra.

-Você pode soltar minha Filha, irmãozinho?- Papai pergunta e ele me solta tão rápido que quase perco o equilíbrio, mas novamente Lance está lá para me estabilizar. -Keir, senti tanto a sua falta. Chris ficou arrasado quando disseram a ele que Myra se foi, acho que saber que você e Lakota sobreviveram o impediu de ir atrás do seu irmão.- O macho diz.

Me viro para o jovem Filhote e pergunto seu nome, -Meu nome é Keir, sou nomeado em homenagem ao meu Tio e ontem ganhei uma irmãzinha.- Ele diz com um sorriso enorme no rosto, todos ficaram completamente em silêncio enquanto ele falava e pergunto qual é o nome de sua irmãzinha.

-Mamãe fez Papai chorar quando disse que o nome dela é Lakota.- Ele ri enquanto me olha, tenho um Sobrinho e uma Sobrinha e o macho que acabou de me abraçar é meu Tio. Minha família parece crescer a cada dia que passa e nem chegamos ao nosso destino ainda.

Levanto Keir e viro para meu pai, -Keir, este é meu pai e ele é seu Tio Keir.- Digo e ele começa a comemorar enquanto olha para o papai, -Papai vai ficar tão feliz em te ver. Quando poderei conhecer sua Filha, quero contar a ela sobre minha irmãzinha.- Ele diz e papai aponta para mim, fazendo Keir me apertar forte.

-Marcos, podemos ir para casa agora? Quero surpreender Mamãe e Papai.- Ele diz e Marcos nos diz para segui-lo. Na fronteira, Marcos explica aos Guerreiros quem somos, mas que não podem dizer nada porque Keir quer surpreender seus pais.

Papai começa contando o que aconteceu quinze anos atrás e eu conto minha história depois disso. Alguns dos outros explicam como se tornaram parte de nossa Alcateia e leva um tempo para se acalmarem após cada história, mas é ouvir a história de Mylana que é mais difícil para eles lidarem.

Papai acabou de explicar para o Tio Chris para onde queremos ir quando uma mulher entra na sala, ela rosna ao travar os olhos comigo e eu me pergunto o que diabos fiz a ela. -Ele é meu.- Ela rosna e olho para Tia Lucy quando a ouço suspirar.

Vejo Tio Chris olhando além de mim e percebo que ela se referia a Marcos quando rosnou para mim, viro-me para Marcos para dar uma boa olhada nele. Marcos tem cerca de 1,90m, eu acho, com cabelos castanhos escuros em uma trança até as costas, seus olhos são de uma cor marrom clara e músculos nos lugares certos.

Ele é meu Tio através do vínculo de companheiros entre Tio Chris e Tia Lucy, mas Lotus já decidiu colocar a mulher em seu lugar. -Eu entendo por que você gostaria de colocar as mãos nele, quero dizer, você poderia fazer pior.- Eu digo enquanto continuo olhando nos olhos de Marcos.

Ele parece entender o que estou fazendo, pois sorri preguiçosamente para mim e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, -Obrigado, Pequena Licana.- Ele diz, ignorando a mulher na porta e eu me pergunto quanto tempo vai demorar antes que ela reaja.

Ela se aproxima de mim rosnando, mas é impedida por Lance e Colton. -Ele é meu.- Ela rosna novamente e Lotus revira os olhos para a mulher, parece que esta não consegue entender uma dica. -Olha, eu não sei quem você é ou que direito você pensa que tem sobre Marcos, mas sugiro que volte para onde veio.

Nenhum de nós quer você aqui e duvido que alguém tenha te convidado para cá, então este é o único aviso que você vai receber. Saia, antes que eu te faça sair.- Lotus rosna enquanto nos levantamos e a mulher empalidece ao ver Lotus avançando. Ela vira nos calcanhares para sair correndo dali, todos começamos a rir no momento em que ouvimos a porta bater.