Eu não sou fraco, Alfa romance Capítulo 539

P.O.V. de Izzy

Os Lobisomens estão se aproximando e consigo ouvir a conversa deles.

-Que diabos o Chefe acha que vamos encontrar aqui?- Um deles pergunta. Um segundo responde: -Ele acredita que alguém está tentando descobrir qual é o plano dele. E ele quer garantir que ninguém consiga encontrar nada. Então, queimem tudo o que encontrarem.

Eles partem em três direções diferentes e esse é o meu sinal para me mover. Silenciosamente, desço da árvore e corro em direção à linha das árvores. Evie me empresta sua velocidade, para garantir que eu consiga chegar lá, sem ser detectada.

Continuo correndo até me sentir confortável o suficiente para diminuir a velocidade. É quase meio-dia quando vejo uma cidade ao longe e decido que é um bom lugar para comer algo.

Talvez eu consiga abrir a caixa de fechadura e ver o que há dentro dela. Prometo a mim mesma que esta noite, depois do jantar, ligarei para Stephan e o informarei sobre o que aconteceu e o que encontrei.

Encontro um pequeno bistrô na borda da cidade, peço meu almoço e observo ao meu redor.

Um homem sentado no canto mais distante do bistrô está me encarando e sinto vontade de ir até ele para lhe dar um sacode.

Então a garçonete aparece com meu pedido, coloca-o na minha frente. Ela me entrega alguns guardanapos e me lança um olhar estranho. Antes que eu possa dizer algo, ela se afasta em direção ao homem e, por algum motivo, abro os guardanapos.

-Ele é um Lobisomem- está escrito no guardanapo e tenho que conter o riso.

É bom que ela não saiba que sou uma Licana, ela pode sair correndo, gritando, do lugar.

Depois de terminar meu almoço, vou até o balcão para pagar e pergunto à garçonete se ela sabe onde posso encontrar alguém que possa me ajudar a abrir a caixa de fechadura.

Enquanto lhe entrego o dinheiro, o homem se aproxima de mim e ouço ele rosnar baixinho. -Há algum problema, senhor?- Pergunto, bastante irritada. Olhando diretamente nos meus olhos, ele quer dizer algo, mas deixo Evie avançar e ele recua rapidamente.

-Não subestime alguém que você não conhece. Pode acabar se dando mal.- Evie diz e, pelo canto do olho, vejo a garçonete empalidecer.

Volto minha atenção para a garçonete, totalmente no controle novamente. Ela me entrega o troco e sorrio para ela.

Ao sair pela porta, ouço o homem dizer à garçonete que não vai pagar, que é o pagamento pela proteção. Outra voz vem de trás e diz que ele tem que pagar a conta.

Verifico se tenho sinal no meu telefone antes de abrir a caixa de fechadura. Não sei o que esperava encontrar, mas é uma mistura de fotos e documentos oficiais.

No topo há uma nota dobrada, aparentemente escrita em grande angústia e me pergunto se foi escrita durante o ataque.

No exterior está escrito: -Para quem encontrar isso.- Estou curiosa e quero começar a ler a nota, mas Evie me impede de fazê-lo. Ela me diz que é melhor ligar para Stephan, para que possamos analisá-la juntos.

Ele atende na primeira chamada e pergunto se ele estava olhando para o telefone na esperança de que ele tocasse.

Ambos começamos a rir, porque sabemos que ele estava. -Você encontrou alguma coisa?- Ele pergunta e conto a ele tudo o que aconteceu naquele dia.

Pergunto como está meu Pai e ele me diz que está bem, que passa muito tempo com Jordan. Que às vezes eles vêm vê-lo juntos.

A cabeça de Evie se ergue com a menção do nome de Jordan e reviro os olhos para ela.