Eu não sou fraco, Alfa romance Capítulo 574

P.O.V. de Lucy

Ouço uivos melancólicos e a cada uivo meu coração se parte um pouco mais pela perda que aquela pessoa sofreu.

Sinto que ainda estou naquela zona de conforto em que acordei mais cedo e me aconchego mais profundamente. Isso me faz sentir segura e protegida, fica mais apertado, mas não é desconfortável.

Ouço a voz desconhecida novamente, mas desta vez não está falando comigo. A voz soa enfurecida e sinto minha zona de conforto se mover. Porque não quero perdê-la, aperto meus braços ao redor dela.

-Lucy, abra os olhos, Boneca. Preciso saber se você está bem.- Ouço ao lado da minha orelha. Meus olhos se abrem rapidamente quando percebo que estou nos braços de Daniel.

Me levanto para olhá-lo e vejo um olhar em seus olhos que nunca vi antes. Não tenho certeza se quero pular de seus braços e sair correndo ou se quero afundar de volta na minha zona de conforto.

Ele ainda está me segurando, mas consigo sentir que ele não está tentando me impedir. Há tantas perguntas que quero fazer, mas a tensão na sala está começando a me deixar desconfortável.

-Lucy, você está bem. Sinto muito por tomar decisões erradas, vou arcar com as consequências. Mas preciso que saiba que pensei estar fazendo a coisa certa para você.

Você finalmente estava livre, apenas para ser jogada no vínculo de companheiros. Eu não queria que se sentisse presa. Sinto muito, Boneca.- Posso ouvir a sinceridade em sua voz.

-Eu sei que você não quis me machucar, mas da próxima vez é melhor falar comigo primeiro.- Digo enquanto olho nos olhos dele. Ele segura meu rosto e me puxa para um beijo, a sensação de seus lábios nos meus me faz suspirar.

Ele aproveita e aprofunda o beijo, então alguém limpa a garganta. Relutantemente, interrompo o beijo e olho na direção da pessoa na sala conosco.

-Quem é você e o que está fazendo aqui?- Pergunto para a mulher sentada em uma cadeira ao lado de nossas camas.

Ela sorri para mim e depois volta sua atenção para Daniel. A expressão em seu rosto não é amigável e me pergunto quem ela é.

-Filho, se você errar novamente, não precisa se preocupar comigo vindo atrás de você. Tenho a sensação de que sua Companheira é mais do que capaz de derrubá-lo sozinha.- Ela diz e ele apenas balança a cabeça.

-Você estava falando comigo.- Sussurro ao reconhecer a voz que me disse para não desistir. Ela sorri para mim novamente e se inclina para beijar minha testa. Ela deixa a sala sem dizer mais uma palavra.

-Como você deve ter percebido, essa é minha mãe. Ela estava brava comigo por não contar sobre você. Ela me repreendeu por ser estúpido, como se eu ainda não tivesse percebido isso.

Ela me disse que, mesmo entendendo meu raciocínio, eu deveria ter falado com você sobre isso.

Ouço meus Pais rirem e Glenn diz através da ligação mental -Leve seu tempo. Estaremos na cozinha.- Rio da expressão no rosto de Jordan.

Ele se lança em minha direção e eu pulo da cama, enquanto pego sua camisa do chão. Coloco-a sobre a cabeça enquanto saio correndo pela porta, seguida por um Jordan rosnando.

Na cozinha, pulo atrás do meu Pai e Jordan está logo atrás de mim, mas ele esqueceu de uma coisa pequena. Ele ainda estava nu.

Meu Pai coloca a mão na frente dos olhos de sua Companheira, me fazendo cair em outra crise de risos. -O que ela fez?- Meu Pai pergunta.

Jordan cruza os braços na frente do peito, olhando para mim, ele resmunga -Ela me jogou um travesseiro.

Ambos meus Pais olham para mim e com a cara mais inocente que consigo fazer, balanço a cabeça e digo -Mas ele pediu, primeiro me beijando e depois pulando da cama.

Glenn tenta manter a expressão séria enquanto me olha e diz -Querida, não é legal jogar um travesseiro em um homem adulto.- Mas ele falha no segundo em que começo a rir.

Logo todos estamos rindo, eu seguro Jordan e sei que estou em casa.