Eu, Você + Os Bebês. Se preparando para a guerra.

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Os dias se seguiram...

Com a intimação para comparecer a audiência em breve, o CEO deixou-se afastar das rédeas da empresa para dedicar tempo à família.

Em sua mente tinha a certeza de quê mesmo que tivesse provas contra as acusações de Cecília, ela ainda tinha uma grande possibilidade de ganhar o júri, fosse com uma atuação falsa ou comprando todos os jurados.

No dia em questão, Christopher está sentado no tapete de atividades da sala, olha para Alyssa, quem brinca com as crianças, mas não olha em seus olhos.

- Lyss, eu não...

- Não quero falar sobre isso. - Disse ela o calando a tempo.

Tudo que ela precisava era esquecer, em sua mente foi assustador acordar abraçada ao CEO, e senti-lo cutucando sua entrada, tão firmemente quanto o havia sentido naquela manhã.

Ele queria explicar que não fez por mal, acabou aninhando-se com ela por costume e simplesmente era algo natural em sua rotina acordar de pau duro. Não por excitação, mas apenas querendo usar o banheiro.

Olhou para Alyssa e sem querer irritá-la mais, apenas resignou-se a balançar os bebês-conforto.

Meia hora em um silêncio terrível, para enfim agradecer pela primeira vez quê sua irmã quebrasse o clima.

- O quê fazem aqui? Hoje não é o último dia para registrá-las.

- Eu... eu ainda não estou pronta. - Alyssa murmurou.

Tinha seus motivos para não querer apressar a escolha. Queria se lembrar de todos e de tudo, queria ter coragem de olhar nos olhos de Christopher e não enxergá-lo como um homem intimidador para uma adolescente, mas sim com seu homem para a Alyssa de antes.

Queria que as meninas fossem a representação deles juntos, e não crianças estranhas que um dia ela deu à luz sem saber o quê fazia. Ela destratava cada vez que Beni e Charlotte a chamavam de mãe.

Ela os recordava fracamente, e queria sentir algo especial de verdade pelas crianças, mas tudo que conseguia era brincar, porque em sua idade mental ainda era uma criança.

Uma criança presa em uma Alyssa mais velha e muito melhor pelo modo como todos a olhavam, ela não queria mais aquela pena nos olhares da família, queria voltar a ser a Alyssa que amariam.

- İse brinca com eles? Eu preciso subir. - Pediu Alyssa.

- Claro, pode ir. - Louise murchou pela fuga da cunhada.

Há viram subindo as escadas e era como sabiam, algo estava errado e tudo que pediam era que sua Alyssa voltasse.

A garotinha que lhe habitava a mente, era assustada e insegura.

Lembrou-se que no começo ela nunca se afastava de Christopher e contava com ele para tudo, inclusive se escondia atrás do CEO para não encarar a família, e então de um dia a outro se isolou e nunca pedia nada para si, eram poucas as palavras que trocava com todos e simplesmente se afastou.

Christopher e a irmã se olharam, Louise sentou-se quieta cuidando para não fazer comentários que chateassem mais o irmão.

[...]

Enquanto no andar de cima, Alyssa havia adentrado o box.

Uma ducha morna, usava o banho para chorar toda vez que tinha vontade, pois não queria que os outros a ouvissem.

Colocou a testa no ladrilho que cobria a fría parede do banheiro e respirou fundo. Esforçou-se para se lembrar, queria voltar a ser o que era, a que todos oravam para ter de volta.

- Droga! - Socou o punho contra a parede. - Por que não consigo?!

Sentou-se no chão, recolhendo-se, tinha as pernas contra o peito e os braços as segurando em volta, enfiou a cabeça ali e se transformou em uma bola.

Aproveitou para chorar um pouco mais, já que seus sons estavam abafados.

apesar de achar que não seria descoberta, daquele momento uma mão tocou a sua e a fez subir a cabeça subitamente.

- Não, eu não...

- Não precisava me dizer o que estava fazendo. - Christopher disse, olhando-a nos olhos, já que estava de joelhos no piso molhado. - Antes de mais nada, me desculpe por invadir o banheiro assim.

Alyssa assentiu, como se o desculpasse, porém se encontrava atônita.

- Gostaria que me contasse por quê não quer que coloquemos nomes nas meninas. Pode me dizer? - Ele questinou-a de forma

Ela fez que abriria a boca, mas não conseguia, ainda tinha a questão de estar nua na frente de Christopher, no meio em que foi criada para uma adolescente mostrar-se tanto era um grande tabu.

Ele tomou consciência do porque se mantinha calada e então tentou acalmá-la.

- Certo, vamos vestir você primeiro. - Disse puxando a toalha do gancho a poucos centímetros fora do box. - Levante. - Pediu, mal notando que soou como uma ordem.

fez, envergonhada que a visse daquele modo.

- Sei que não devo te olhar, mas não quero ser hipócrita. Conheço cada parte do seu corpo e cada estria depois da gravidez das gêmeas... - Ele dizia enquanto secava-a. - Não há nenhuma novidade.

Terminou de dizer e percebeu que talvez tivesse soado rude, não foi sua intenção, mas estava cansado, pois a semanas que pisava em ovos por Alyssa.

Vestia-a com seu roupão de banho, não se conteve e acariciou seu ventre, sorrindo ao ver Alyssa estremecer.

te toquei por mau, é só que me lembrei de uma coisa. Apesar do coma, você estava tão linda carregando nossas meninas. - Ele admitiu, em seguida passando a faixa e amarrando o tecido a sua cintura.

de frente para o espelho e pegou na gaveta o secador portátil.

para ele, em seu olhar constando uma

Sim, se não se importar, quero secar seu cabelo. - Respondeu, sem que ela realmente tivesse

assustador saber o quão bem Christopher a conhecia, mas sentia-se extremamente à vontade com a atenção que

minutos com os olhos fechados, sentindo o maior pentear e secar seus cabelos. Abriu-os depois de quê ele parou, e então seguiram para o

Sente-se na cama, quero escolher uma roupa pra você. - Ele

gostava das ordens, o homem parecia um ditador e si antes ela ja não gostava de seguir as ordens dos pais, não seriam as do marido

Levantou-se e seguiu para o closet.

que não permitisse o CEO o tempo todo com ela e menos ainda que dividissem a cama, as coisas de Christopher ainda estavam no quarto, mesmo com ele dormindo no escritório muitas das vezes para

manhã havia sido uma excepção já que as gêmeas estavam mais chorosas e ela não sabia muito bem o que fazer. Só nunca esperou acordar a ponto de ser

closet, buscava uma roupa leve para que pudesse voltar para cuidar das gêmeas e brincar com Charlie e

um shorts e uma blusa regata, escolhendo uma calcinha e um top, já saindo para ir se vestir

Não, eu disse que escolheria.

não disse que deixaria. - Ela retrucou, feliz por ter a voz de volta.

Temos que ir ao cartório, não podemos adiar mais e as meninas precisam ter nomes Alyssa, por favor. - Ele pediu depois de segurar seu pulso, não forte, mas não querendo que ela se trancasse. - Vamos ao