Eu, Você + Os Bebês. Alyssa é quem manda.

Há um ditado conhecido que diz " o sol surgirá, mas antes enfrentarás uma tormenta".
Para a família Hemsworth, a grande tormenta possuía rosto, CPF e nome. Cecília.
— Minha cliente tem o direito de ver a filha e também de passar o fim de semana com a menor. — Um sujeito de terno se pronunciou, passando pela porta de entrada da casa, sem ser convidado.
Bufando Christopher fez que o expulsaria, mas lembrou-se do quê seu advogado lhe havia dito, pois Charlie seria a única prejudicada.
— Aqui está, é uma ordem extrajudicial. — O engravatado exibia o papel mais próximo do rosto do CEO, como se ele fosse um deficiente visual.
— Posso ver a léguas de distância, não é necessário esfregá-lo em minha cara. — Chris rosnava as palavras.
O advogado rapidamente abaixou o braço e se endireitou para esconder o medo. Sabia que a família Tasfew tinha ligações com pessoas de índole duvidosa, era um eufemismo, e para se cuidar, seria prudente não provocar demais o CEO, já quê ele pensava em Christopher como uma dessas pessoas perigosas.
Claro, Christopher estava longe de ser o tipo de pessoa que passava pela mente do advogado, mas o cuidado de ambas as partes nunca era demais.
— Me entregue a garota. — O advogado pediu olhando no relógio.
— Se Cecília a quer tanto, porque não veio pessoalmente buscá-la? — Christopher questionou.
— Minha cliente se sente indisposta e pediu que levasse a filha para vê-la e fazê-la se sentir melhor.
O CEO desconfiou naquele exato momento, só poderia ser mentira, mas ainda sim poderiam levar Charlie.
— A garota, senhor, tenho outros afazeres. — O advogado o apressou.
Não havia mais como enrolar, e Charlie passaria um fim de semana na casa de uma estranha, a única coisa pela qual ele implorava era que Cecília não a maltratasse.
Dos tempos em que esteve com ela, conheceu-a o suficiente para saber que não gostava de choros de crianças, birras ou até mesmo dos pequenos em volta dela. Terminou por lembrar de um comercial de shampoo em quê Cecília participou, algumas crianças estavam participando das gravações, e quando esbarraram com ela nos camarins, simplesmente ela empurrou uma das garotinhas com as quais havia trombado.
Sua fúria aumentou ao se recordar que havia discutido por aquilo e Cecília não se redimiu com nenhuma das crianças. Imaginava o quê ela poderia causar a Charlotte, a filha era um pouco difícil e manhosa, mas ele e Alyssa a educavam bem. Duvidava em cem por cento que Cecília lhe teria paciência.
Contra gosto subiu as escadas para buscar a filha. Abrindo a porta do quarto das crianças não encontrou nenhum dos filhos e soube que só poderiam estar com Alyssa.
Lhe doeria explicar à esposa que teriam de deixar Charlie ir e seu coração sofreu em absoluto quando encontrou a filha nos braços da mãe.
— Lyss… — Entrou no quarto a fitando.
Charlie mamava no seio de Alyssa, que contava aos filhos algum conto de fadas.
Não queria separá-las naquele momento, e nem sequer sabia como.
— Então a princesa beijou o sapo e ele se transformou em um lindo príncipe. — Alyssa lia para as crianças.
— Má, onde tem sapo? — Bernardo perguntou aninhado ao lado esquerdo da mãe e também mamando.
— Podemos ir no zoológico e lá tem um monte de bichinhos… — Declarou. — Talvez tenham sapos também? — Estava em dúvida consigo mesma.
— É deve ter. — Christopher interrompeu.
— Amor, vê se as gêmeas estão dormindo por favor.
— Humn… — Deu um olhada por cima nos berços do outro lado do quarto em um canto. — Estão sim.
— Ótimo, então deite com a gente. — A esposa o convidava.
— Lyss, eu … me dê a Charlie. — Pediu, já pressentindo que não importava como fizesse aquilo, seria difícil.
— O quê? Pra quê? Ela está mamando, deixe a terminar. — Alyssa não entendia.
— Lyss, não deixe que ela se acostume ao peito de novo, vai ser difícil.
— Sabe que sempre tenho bastante leite, e não vejo mal algum em amamentar as crianças, mesmo que elas tenham quase dois anos. — Alyssa se pôs na defensiva, não entendia por que a repentina mudança no marido.
— Eu sei, mas Cecília não lhe dará o peito e Charlotte pode acabar ficando doente por você.
— O quê quer dizer com Cecília?
— Lyss, o advogado veio levar Charlie, ele tem uma ordem extrajudicial. — Chris revelou, sentindo-se mal por não poder fazer nada a respeito.
— Não.
Christopher ergueu o olhar os focando nos de Alyssa.
— Não, o quê?
— Não vou deixar, Charlotte é minha filha, não têm nada de Cecília nela. — Alyssa exclamou deixando as lágrimas de raiva brotarem dos olhos.
— Alyssa, é para o bem dela, precisamos deixá-la ir pelo fim de semana.
— Chame Cecília aqui! Diga que pode vir passar o fim de semana com Charlie, mas não vou deixar minha filha sozinha com essa desnaturada. — Alyssa disse, abraçando os filhos contra si e beijando o topo da cabeça de Charlie.
— Mas Alyssa…
— Ligue para ela agora Christopher! — A pequena mulher se pronunciou imutável.
Christopher desceu as escadas e sem poder fazer mais nada que convencesse a Alyssa, pediu ao advogado por seu telefone, sabia que Cecília não o atenderia se fosse seu número.
— Alô? — Ela respondeu do outro lado da linha.
— Apesar da ordem judicial, minha esposa não vai deixar quê Charlie esteja com você longe dela. — O CEO explicou, tinha de ir direto ao assunto.
— Mas eu tenho…
eu disse, minha esposa não vai permitir isso jamais, Cecília. — Ele colocou em destaque outra vez, sem se importar com
— Então eu…
Alyssa quer que você venha passar o fim de semana conosco, onde podemos saber que não fará mal a Charlie. — Ele a interrompia outra
O quê você é? Virou porta voz da sua mulher? — Cecília caçoava da submissão de Chris sobre as vontades de
como quiser, minha esposa é quem foi mãe de Charlie em todo este tempo. Então se Alyssa diz algo sobre minha filha, é porque quer o melhor pra ela. — O CEO enfatizava o fato de que Alyssa, sim, era considerada mãe, já Cecília não passava de uma mulher que dividia metade do DNA com Charlie. — Agora é simples, vai vir ou
dizendo para não se fazer de espertinho Hemsworth, sabe quem é meu pai, não
infelizmente tive o desprazer de conhecer aquele corrupto, desprezível e narcisista que todos conhecem como governador da capital. — Christopher respondeu, deixando a modelo ciente de seu descontentamento. — Me lembrarei de nunca deixar Charlie chegar perto
— Você é um…
te perguntar uma última vez. Vai vir passar o fim de semana aqui, ou não? — Perguntou, interrompendo-a uma vez
do outro lado da
Sim, eu vou. — Respondeu
profundamente antes de olhar para a cara do advogado lhe entregando o
convidado a ir embora. — Chris disse apontando para a
não entendeu o quê acontecia, mas dado que sua cliente estava de acordo, ele não tinha por que está
Não pode fugir da lei para sempre Sr.