Ex-marido Frio: Amor Inesperado romance Capítulo 1

Amélia Mendes, sob a orientação da secretária, encontrou o escritório de Rafael Gomes.

Após dois anos de casamento, esta era a primeira vez que ela estava visitando a sua empresa.

"Por favor, aguarde um pouquinho, o Sr. Gomes ainda está em uma reunião.”

A secretária explicou atenciosamente, servindo-lhe uma xícara de chá quente.

"Obrigada." Amélia aceitou educadamente, sentando-se no sofá da sala de espera, e enquanto aguardava, ficou observando o ambiente limpo e arrumado, adornado com um estilo moderado de tons cinza e branco, um luxo discreto que refletia as preferências tradicionais de Rafael.

A secretária também analisava cuidadosamente Amélia, que tinha uma aparência bem jovem. Seus cabelos eram levemente encaracolados e caíam docemente sobre os ombros e a franja estava naturalmente dividida em forma de 'V' emoldurando seu rosto, transmitindo uma brisa de inocência e delicadeza típica de uma jovem, com poucas palavras.

Ela ainda estava admirada por ela ser a esposa de Rafael.

Ou melhor, o fato de que Rafael, sempre distante e reservado, evitava ter intimidade com as mulheres, era casado, era algo que a surpreendia ainda mais.

Não podia imaginar Rafael sendo amável com uma mulher.

Os ruídos vindos do corredor interromperam seus pensamentos.

"A reunião deve ter acabado.” A secretária disse rapidamente, "Por favor, aguarde aqui, vou verificar."

Amélia olhou espontaneamente para a porta em direção à qual a secretária estava se dirigindo.

Uma figura alta surgiu na porta, inclinando levemente a cabeça, conversando com alguém ao lado, o contorno de seu rosto era bem definido destacando-se nas sombras da luz, com um semblante sério e penetrante.

A pessoa ao seu lado...

Observando o sorriso radiante da moça que repentinamente entrou em seu campo de visão, Amélia vacilou por um momento, levantou-se impensadamente.

Rafael levantou a cabeça, viu-a de pé em frente ao sofá, parou por um instante e franzindo a testa, perguntou:

"Por que você veio aqui?"

A moça que discutia com ele a respeito do projeto, olhou para cima quando ouviu a voz e pareceu admirada ao ver Amélia.

Amélia gentilmente sorriu para ela antes de se dirigir à Rafael, dando-lhe uma pasta trazida consigo: "Você..."

Ela pretendia dizer "sua mãe", mas trocou as palavras para "Mãe pediu-me para trazer isto para você."

A mãe de Rafael não queria vê-la "ociosa" em casa, e, por sua vez, ela também não queria confrontar a mãe dele, aproveitou para entregar os documentos a Rafael.

Rafael pegou a pasta e perguntou: "Já almoçou?"

Amélia: "Ainda não."

Rafael fechou a pasta que tinha nas mãos e olhou à sua retaguarda, para as pessoas que o acompanhavam: "À tarde continuamos com a reunião, por agora todos podem ir almoçar."

A moça ao seu lado pensou em dizer algo, contudo, se conteve, abaixando seus olhos em submissão e respondendo apenas com um "Sim", antes de sinalizar ao grupo curioso que estava observando Amélia para que a seguisse.

Rafael levou Amélia ao restaurante no térreo da empresa, para almoçar.

Enquanto aguardavam serem servidos , Rafael ainda ocupado, não tirava os olhos da tela do computador, e seus longos dedos digitavam rapidamente no teclado, sua expressão de concentração era fria e habitual.

Amélia apoiava sua cabeça nas mãos, apenas observando Rafael em silêncio.

Ele era muito elegante e bonito, com seus traços definidos, um olhar frio e austero, e o nariz acentuado que, ao inclinar a cabeça, passava uma aura de respeito e distância.

Em todo momento, ele tinha essa postura tranquila, incluindo nos momentos mais reservados entre eles.

Ela havia sido apaixonada em segredo por esse homem durante oito anos, dos dezesseis aos vinte e quatro, entretanto agora, ela não o mais queria .

Em sua bolsa sobre as pernas, estava o novo acordo de divórcio que ela mesmo tinha preparado.

Com as mãos sobre os papéis do divórcio, Amélia titubeava.

Precisamente falando, Rafael não havia cometido nada de errado, ele realmente... não a amava.

O casamento deles, não foi por amor, então a falta de amor não era um erro.

"O que você está olhando?” A voz grave de Rafael descontinuou os pensamentos de Amélia.

Ela olhou para Rafael.

Ele nem ao menos levantou a cabeça, continuou a trabalhar focado no computador.

Amélia sempre pensou que ficar observando Rafael trabalhar era prazeroso para os olhos.

"Hm?" Rafael finalmente levantou a cabeça fazendo com que seu olhar caísse sobre o rosto dela.

Amélia disse sorrindo para ele: "Nada."

Ela perguntou eventualmente: "Desde quando a Carolina está aqui trabalhando na sua empresa?"

Carolina era a moça que estava ao lado dele há pouco. Amélia tinha estudado junto com eles durante um ano; ela era uma aluna transferida, enquanto Rafael e Carolina eram colegas do primeiro até o terceiro ano do ensino médio, ambos eram os mais estudiosos e atraentes da turma. Muitas vezes, eles haviam sido escolhidos para poder representar a escola em diversos eventos. Naquela época, falavam por aí, que ambos tinham interesse um pelo outro, mas, por algum motivo, nunca chegaram a ficar juntos. No final, foi Amélia, a que menos chamava a atenção entre eles, que acabou se beneficiando.

Ser menos notada não significava que ela tivesse um desempenho menor durante os estudos; ela também havia estudado em escolas de elite desde o ensino fundamental até chegar à universidade. O que realmente aconteceu foi que, quando ela chegou, Rafael e Carolina já brilhavam fortemente, e ela, uma novata no meio do caminho, acabou terminando os estudos antes que pudesse ser notada, seguindo depois para direções contrárias.

"Foi no começo do ano", disse Rafael, voltando sua atenção para a tela do computador. "Não me lembro muito bem, ela entrou através de uma entrevista no RH."

Amélia acenou com a cabeça, sem fazer mais perguntas.

A comida foi servida ligeiramente , seguida por um longo e quieto almoço.

Essa quietude era perfeitamente normal nos dois anos de casamento deles, algo que não incomodava o casal pois eles preferiam a tranquilidade, mas...

Amélia desviou seu olhar para o casal que estava na mesa ao lado, o qual se alimentava mutuamente em meio a brincadeiras.

Amélia sentiu um pouquinho de inveja.

Era um tipo de intimidade que jamais iria existir entre ela e Rafael.

Na vida daquele homem, só havia espaço para o trabalho e a eficiência.

Sua vida poderia ser comparada a um relógio bem ajustado, preciso e frio.

O que deveria ser feito em cada minuto, e o que não deveria, era calculado por ele com precisão milimétrica.

Um homem assim não era próprio para o casamento.

Ela também não era.

"Algum problema?" Rafael notou seu olhar distante e repentinamente olhou para ela.

Amélia pressionava os lábios delicadamente e, ao encontrar o olhar frio dele, sorriu e acenou com a cabeça, "Sim, há algo..."

"Ding..." Um e-mail havia acabado de chegar ao computador de Rafael, e sua atenção foi novamente capturada pela máquina.

Amélia sorriu de novo: "Por que você não continua com seu trabalho? Podemos conversar mais tarde."

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